Ministra de Bolsonaro diz que direção da Funai pode ser decidida depois da posse
Fundação está na Justiça, mas será incorporada à pasta gerenciada por Damares Alves
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Futura chefe do Ministério de Mulher, Família e Direitos Humanos, a pastora Damares Alves disse nesta quinta-feira (13) que a direção da Funai deve ser decidida depois da posse.
A Funai está hoje na Justiça, mas será incorporada à pasta de Damares.
"A Funai vai ser recebida como está e se tiver que fazer modificações na Funai, serão lentas e graduais porque estamos lidando com o assunto. Eu sempre falo que a Funai (Fundação Nacional do Índio) é minha pérola", disse ela a jornalistas nesta tarde ao sair de reunião no CCBB (Centro Cultural do Banco do Brasil), sede do governo de transição.
Questionada se a direção será definida apenas depois da posse do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), ela não descartou essa possibilidade.
"Estou trabalhando nesse sentido, trabalhar a Funai depois com calma, a gente sentar com calma, se reorganizar", respondeu.
Segundo ela, o atual presidente, Wallace Moreira Bastos, "é uma pessoa muito sensata".
"O Wallace parece uma pessoa muito centrada e acho que vai dar pra fazer uma transição legal, conhecer um pouco do trabalho do Walace. A Funai vai ser vista com muito carinho, tenham certeza disso", acrescentou.
Ex-subsecretário de assuntos administrativos do Ministério dos Transportes, Wallace foi nomeado pelo presidente Michel Temer (MDB) em abril deste ano. O nome dele foi apresentado ao Palácio do Planalto pelo deputado André Moura (PSC-SE).
O PSC, partido conservador e presidido por um pastor evangélico, controla a Funai desde janeiro do ano passado. Wallace foi o nono chefe nomeado para a Funai e o terceiro indicado pelo PSC nos últimos seis anos, desde abril de 2012.
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