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Bolsonaro diz não ver impacto eleitoral no Brasil da guerra na Ucrânia

Presidente vem sendo criticado por aproximação com Vladimir Putin, com quem conversou neste domingo

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Guarujá

Criticado por adversários por sua aproximação com a Rússia, o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, neste domingo (27), que não vê a guerra na Ucrânia tendo impacto eleitoral no Brasil e afirmou que está trabalhando gradualmente na construção de alianças para o pleito.

Ele deu as declarações em entrevista à imprensa em Guarujá (SP), onde passa o Carnaval. "Não acredito", disse Bolsonaro, sem se estender no assunto.

O presidente Jair Bolsonaro cumprimenta e tira foto com apoiadores em praia do litoral paulista neste domingo (27) - @jairmessiasbolsonaro no Facebook

Logo a seguir, começou a falar do papel das Forças Armadas na eleição e disse que os militares foram convidados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a integrar uma comissão sobre transparência eleitoral.

"Está sendo ultimado nos próximos dias, para nós termos conhecimento, se existe, existiu ou pode existir alguma vulnerabilidade [nas urnas]. Pode ser que o ministro [Luís Roberto] Barroso tenha razão, pode ser. Mas, se não tiver, as Forças Armadas vai apresentar o seu relatório e vai sugerir alterações."

O presidente também foi questionado sobre as alianças eleitorais para este ano. Disse que sabe como funciona e "quais interesses" existem.

"Tem muito partido que está bem-intencionado realmente, mas... Vão se acertando. E vão se acertando por estados. Por exemplo: estado da Paraíba. Acabamos de resolver [a aliança]. Era um estado que não tinha acesso quase nenhum."

Na semana passada, o presidente do Republicanos, Marcos Pereira, disse que Bolsonaro está atrapalhando o partido, que tem sido aliado do governo.

Sobre a eleição em São Paulo, disse que está fechado com o ministro Tarcísio Freitas, da Infraestrutura, para a disputa para o governo. "Não fechamos ainda nem o vice nem o senador. Tem algumas propostas por aí".

Bolsonaro disse ainda que 11 ministros devem sair para disputar eleições.

Na entrevista, Bolsonaro voltou a evitar condenar a ação militar russa e disse que o convite para ir à Rússia já tinha sido aceito em novembro. Falou ainda que Vladimir Putin demonstrou carinho com o Brasil e lhe deu honras militares.

Aliados do presidente têm dito que seus apoiadores ainda não têm um discurso único a respeito da guerra.

A estadia de Bolsonaro no litoral paulista tem sido marcada por uma rotina intensa de passeios. O político chegou ao Guarujá de helicóptero, ainda na manhã de sábado (26), para ficar hospedado no hotel de trânsito do Forte dos Andradas. Desde o início do mandato, essa é a décima passagem pelo local.

Novamente, ele está acompanhado de grande comitiva. Além do ex-secretário de comunicação da presidência, Fabio Wajngarten, estão presentes o deputado federal Helio Lopes (PSL-RJ) e os assessores especiais Mosart Aragão e Max Guilherme.

Os dois últimos publicam vídeos de passeios pelo Guarujá. No primeiro deles, a bordo de um jet-ski, é possível ver Bolsonaro sendo recepcionado por grupos de apoiadores em lanchas próximas a Praia Grande, município vizinho. Todos, inclusive o presidente, estavam sem máscara de proteção.

Ainda no sábado, ele saiu para jantar em um restaurante no bairro Vila Maia, próximo a praia de Pitangueiras. Na saída do local, fez selfies e provocou novas aglomerações ao lado de apoiadores que o aguardavam na porta.

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