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Bolsonaro usa evento com o agro em SP para criticar Lula e insinuar pedido de voto

Presidente discursou em evento oficial para a abertura de um salão voltado ao agronegócio

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São Paulo

O presidente Jair Bolsonaro (PL) usou um evento de sua agenda oficial, na manhã desta nesta terça-feira (9), para sugerir votos nele para a reeleição e criticar o ex-presidente Lula —ainda que sem citar o nome do petista.

"Além da regulação da mídia, uma outra pessoa quer uma regulação da produção agrícola", disse o chefe do Executivo federal, sem detalhes, em discurso para a plateia do setor do agronegócio na abertura do Siavs (Salão Internacional de Avicultura e Suinocultura), em São Paulo.

Em outro momento, ele comparou o ato de governar o Brasil à prática de conduzir um carro potente. "Se alguém tem uma Ferrari e escolhe, para dirigir ela, um bêbado, vai fazer besteira", afirmou o presidente.

"Eu não vou resolver a guerra lá [na Ucrânia] bebendo cerveja com ninguém", disse ele, que foi aplaudido na sequência. Em março deste ano, em um evento no Rio de Janeiro, Lula disse que "essa guerra, por tudo o que eu compreendo, leio e escuto, seria resolvida aqui no Brasil numa mesa tomando cerveja".

O presidente Jair Bolsonaro na abertura do Salão Internacional de Avicultura e Suinocultura, em São Paulo - Zanone Fraissat/Folhapress

Bolsonaro e Lula são rivais na disputa pela Presidência da República na eleição deste ano. No levantamento mais recente feito pelo Datafolha, no fim de julho, o petista tinha 47% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro marcou 29% —uma diferença de 18 pontos percentuais.

O atual presidente também repetiu uma fala feita a banqueiros na segunda (7), quando participou de um encontro da Febraban (Federação Brasileira dos Bancos).

"Olha, um banqueiro que descobre que tem um funcionário que fez besteira no banco ao longo de oito anos: roubou, endividou etc. Daí você manda ele embora. Passado um tempo, esse cara bate na sua porta e quer emprego. Você vai empregar esse cara de novo? Pelo amor de Deus!", discursou, novamente seguido de aplausos.

Lula foi preso e chegou a cumprir pena em razão de condenações na Lava Jato, porém o processo foi considerado irregular em análise posterior do STF (Supremo Tribunal Federal).

Sobre o palco do evento desta terça, sentada ao lado do presidente, também esteve a primeira-dama Michelle Bolsonaro, para quem o presidente pediu uma salva de palmas da plateia.

O vice-presidente, Hamilton Mourão (Republicanos), e ministros e ex-ministros, como Joaquim Leite (Meio Ambiente) e Ricardo Salles, também participaram da cerimônia.

O ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Feitas (Republicanos) também se sentou ao lado do presidente. Ele é candidato ao Governo de São Paulo e tem colado em Bolsonaro nas agendas do chefe do Executivo pelo estado, em uma tentativa de se mostrar próximo ao bolsonarismo e de seu padrinho político.

Bolsonaro segue em agenda pela capital paulista durante a tarde.

O presidente ainda participa de um almoço para o lançamento de um programa da Caixa voltado para as mulheres, público para quem ele vem acenando na sua tentativa de reeleição, em outubro.

Pesquisa Datafolha divulgada em junho mostrou que 55% dos eleitores não votariam em Jair Bolsonaro de jeito nenhum. Entre as mulheres, a rejeição é de 61%.

Depois, às 15h, ele se reúne com a diretoria do Secovi (sindicato do mercado imobiliário).

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