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Bolsonaro repete ataques ao STF e diz que Brasil terá liberdade a qualquer preço

Presidente repete 7 de Setembro e fala em colocar tribunal dentro das quatro linhas da Constituição se reeleito

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Jean Ramalho José Matheus Santos
Presidente Prudente (SP) e Recife

Candidato à reeleição, o presidente Jair Bolsonaro (PL) repetiu o tom de críticas ao STF (Supremo Tribunal Federal) durante comício em Presidente Prudente, no interior paulista, nesta quarta (14). Ele repetiu a estratégia usada no 7 de Setembro e falou em colocar o tribunal dentro das quatro linhas da Constituição caso seja reeleito.

"Esperem acabar as eleições, todos jogarão dentro das quatro linhas da Constituição. Vamos fazer essa minoria que pensa que pode tudo, trazer para as quatro linhas."

O presidente Jair Bolsonaro (PL) - Zanone Fraissat/Folhapress

A plateia de apoiadores de Bolsonaro vaiou o STF quando o candidato à reeleição fez menção ao tribunal.

"Com a minha chegada ao poder, vocês começaram a entender o que é a Presidência e seus ministros, o que é a Câmara, o Tribunal de Contas da União, Senado e o que é Supremo Tribunal Federal. Defendemos o funcionamento de todas as instituições, mas aqueles que ousam sair fora das quatro linhas, não interessa de qual poder ele seja, têm que serem trazidos para dentro das quatro linhas", afirmou Bolsonaro.

Em seguida, Bolsonaro disse que o país não aceita ditador, apesar de ser um defensor do período da ditadura militar (1964-1985). "O Brasil luta e vai ter liberdade a qualquer preço."

O presidente fez o discurso em um palco ao lado de aliados, como os candidatos a governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e a senador Astronauta Marcos Pontes (PL).

Bolsonaro em Presidente Prudente, interior de SP - Jean Ramalho/Folhapress

Bolsonaro busca alavancar a popularidade no interior de São Paulo, incluindo em Presidente Prudente, cidade em que obteve 78% dos votos válidos no segundo turno de 2018. O Pontal do Paranapanema, no oeste do estado, é considerado um dos pontos fortes do bolsonarismo no estado.

A insistente narrativa de Bolsonaro de meses anteriores, de questionamento à confiabilidade das eleições, às urnas e ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), também ficou de fora das pregações centrais do presidente.

O mandatário, por exemplo, já chegou a dizer que, caso o pleito deste ano não seja "limpo", poderia não haver eleições no Brasil. Também questionou a segurança do sistema eletrônico de votação, sem apresentar provas de supostas irregularidades.

Na segunda (12), ele falou em "passar a faixa" caso perca o pleito deste ano, apesar de, em outros momentos da entrevista, ter voltado a defender "eleições limpas" sem explicar qual indício existe de que isso não ocorrerá.

No mesmo dia, Bolsonaro não compareceu à cerimônia de posse da nova presidente do Supremo, Rosa Weber. O presidente tem um histórico de conflitos com o STF desde o início do governo, em 2019.

Bolsonaro aparece em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto, atrás apenas de Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT.

Em entrevista coletiva após uma motociata em Presidente Prudente, Bolsonaro usou o apoio da ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva a Lula para tecer críticas ao adversário.

"Lula agora aceitou Marina como apoiadora e ela fez certas imposições condicionantes, entre elas, demarcar todas as reservas pendentes, esse caso está pacificado com a Constituição de 88. Eles querem demarcar mais 500 terras indígenas, [e isso] simplesmente inviabiliza o agronegócio e acaba com a nossa segurança alimentar", disse.

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