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Casa de praia onde estava Bolsonaro também é alvo em operação da PF contra Carlos

Família do presidente estava no local em live política realizada na noite deste domingo (28)

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Brasília

Um dos locais em que a Polícia Federal cumpre mandado de busca e apreensão nesta segunda (29) é a casa de Jair Bolsonaro em Angra dos Reis, no litoral do Rio de Janeiro.

O local entrou na lista de buscas da PF após a descoberta de que Carlos Bolsonaro estava no local, de onde transmitiu uma live com o pai e os irmãos Flávio e Eduardo na noite deste domingo (28).

O ex-presidente Jair Bolsonaro em frente à sua em Angra acompanha saída de agentes da PF - Reprodução/GloboNews

Como mostrou a coluna Mônica Bergamo, da Folha, o vereador acordou com a notícia de que era um dos alvos da PF quando se preparava para passar mais um dia na praia com o pai em Mambucaba, uma vila histórica de Angra.

Ainda segundo a coluna, a casa estava vazia na manhã desta segunda-feira (29) quando a Polícia Federal chegou ao local. Bolsonaro e seus filhos haviam saído para pescar e ainda não haviam retornado.

Imagens divulgadas pela GloboNews no final da manhã mostram Bolsonaro e seus filhos do lado de fora da casa acompanhando a saída de agentes da PF que cumpriram as buscas na residência.

Na live deste domingo, Bolsonaro negou que tenha criado uma "Abin paralela" para espionar adversários. Já nesta segunda o ex-presidente disse à coluna Mônica Bergamo que a intenção da operação é a de "esculachar" com ele e sua família.

"Querem me esculachar, me fazer passar por constrangimento", diz ele. "Estão jogando rede, pescando em piscina. Não tem peixe", completou Bolsonaro.

Nesta segunda, Flávio e Eduardo também reagiram à operação, argumentando que a ação foi ilegal e cinematográfica.

Carlos ainda não se manifestou sobre a ação desta segunda.

O ex-presidente Jair Bolsonaro e seu filho Carlos em casa em Angra dos Reis, acompanhados de agentes da PF, que cumprem mandado de busca e apreensão - Reprodução/GloboNews

Além da casa de Angra, são alvos da PF o gabinete do vereador e uma residência no Rio de Janeiro. A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), e também são cumpridos mandados em Formosa (GO) e Salvador (BA).

Carlos é suspeito de ser um dos destinatários das informações produzidas de forma ilegal pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência).

Segundo a PF, as medidas desta segunda-feira têm como objetivo "avançar no núcleo político, identificando os principais destinatários e beneficiários das informações produzidas ilegalmente no âmbito da Abin [Agência Brasileira de Inteligência]".

Relatórios produzidos pela agência sob Bolsonaro e o uso do software espião FirstMile estão no centro da investigação da PF. Na última quinta (25), a PF deflagrou a operação Vigilância Aproximada, desdobramento da Última Milha, deflagrada em outubro de 2023.

Polícia Federal faz buscas na casa de Carlos Bolsonaro, no Rio de Janeiro - Reprodução/Globonews

O foco principal na operação da última semana tinham sido policiais que atuavam na Abin, em especial no CIN (Centro de Inteligência Nacional), estrutura criada durante a gestão Bolsonaro. Um dos alvos foi Alexandre Ramagem, diretor da agência na época em que o uso ilegal do software teria ocorrido.

Os investigadores afirmam que oficiais da Abin e policiais federais lotados na agência produziam essas informações "por meio de ações clandestinas" sem "qualquer controle judicial ou do Ministério Público".

A investigação mostrou que, além de Carlos, envolvidos no esquema teriam utilizada a Abin para favorecer Flávio e Jair Renan.

A PF investiga se a agência utilizou o software de geolocalização e se produziu relatórios sobre ministros do STF, políticos e outros adversários do ex-presidente.

O CIN foi criado durante a gestão de Ramagem e teria produzido relatórios e utilizado do FirstMile em favor de interesses do governo Bolsonaro. Ramagem é muito próximo da família Bolsonaro, em especial de Carlos Bolsonaro, alvo da PF nesta segunda-feira (29).

A ligação entre os dois foi um dos motivos de Ramagem ter seu nome barrado por Moraes, do STF, para o comando da PF, em 2020. À época, a relação de amizade dos dois já era conhecia e os dois passaram juntos a festa da virada de ano de 2019 para 2020.

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