Siga a folha

Descrição de chapéu Governo Lula

Ministro de Lula diz que agro estava na roça e não se preocupou com ato de Bolsonaro

Agronegócio foi uma das bases do bolsonarismo na sociedade durante governo passado

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Brasília

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), minimizou nesta terça-feira (27) a presença do agronegócio, um dos pilares de sustentação do bolsonarismo, no ato do ex-presidente na avenida Paulista, em São Paulo.

Fávaro afirmou que é época de colheita, então os agricultores estão nesse momento "na roça" e por isso não se preocuparam com a manifestação de domingo (25), que reuniu milhares.

"Está bem, está bem [o setor agropecuário]. Não vi adesão nenhuma. Acho que está todo mundo trabalhando, colhendo. [É] período de colheita. Estava todo mundo na roça, na lavoura colhendo. Não estava preocupado com esse tipo de manifestação, não", afirmou o ministro.

O agronegócio foi durante os quatro anos de governo Jair Bolsonaro um dos principais pilares do então presidente na sociedade civil. O setor esteve ao lado do ex-mandatário e empresários financiaram diversas manifestações, nas quais Bolsonaro atacou as instituições.

Fávaro afirma que essa situação já mudou consideravelmente após um ano do governo Lula. Aponta que pesou para isso as ações do governo federal, como a liberação de crédito.

"O setor compreendeu que [era falsa] a retórica política eleitoral que inseriram na cabeça dos produtores, de que o presidente Lula era incerteza para o setor, que poderia taxar exportações, que poderia trazer insegurança jurídica no campo. Esqueceram quem foi o presidente Lula governando o país no governo 1 e 2", afirmou o ministro, no Palácio do Planalto, após encontro com Lula.

"Mas o fato é que já vem um ano de governo, maior plano safra da história, aberturas de mercados batendo recorde de todos os tempos, 78 novos mercados abertos em 2023. Começamos em 2024 com um ritmo ainda mais acelerado: janeiro foi o recorde mensal de aberturas de mercados e agora já, fevereiro nem terminou e o primeiro bimestre desse ano é recorde também bimestral de abertura de mercados", completou.

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro - Gabriela Biló - 31 jan. 2024/Folhapress

Fávaro ainda afirmou que um dos indícios dessa melhora na relação do governo com o agronegócio é que o índice de popularidade do presidente cresceu no estado do ministro, Mato Grosso.

"Então é algo natural. Nada resiste ao trabalho, à transparência e à dedicação que o presidente Lula está tendo com o agronegócio também", completou.

No domingo, Bolsonaro reuniu governadores, parlamentares e milhares de apoiadores em um ato na avenida Paulista. A manifestação de força acontece justamente no momento em que avançam as investigações contra Bolsonaro e seus aliados a respeito de uma trama golpista para mantê-lo no poder.

Acuado pelas investigações, o ex-presidente buscou maneirar um pouco no tom de sua fala. Não desferiu a sua tradicional agressividade contra o STF (Supremo Tribunal Federal), falou em pacificação, disse que as eleições presidenciais de 2022 eram "página virada da nossa história" e pediu anistia aos presos pelo ataque golpista de 8 de janeiro de 2023.

O ex-presidente também negou a existência de uma trama golpista. "O que é golpe? É tanque na rua, é arma, conspiração. Nada disso foi feito no Brasil", disse. "Agora o golpe é porque tem uma minuta do decreto de estado de defesa. Golpe usando a Constituição? Tenha paciência", afirmou o ex-presidente diante de seus apoiadores.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas