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Desistência de favorito adia escolha do vice de Paes que pode virar prefeito já em 2026

Deputado federal pediu para não compor chapa por medo de divulgação de suposto vídeo íntimo; alas do partido e entorno do prefeito se dividem entre dois nomes também do PSD

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Rio de Janeiro

A decisão do deputado federal Pedro Paulo (PSD) de pedir ao prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, para não ser seu vice nas eleições de outubro adiou a escolha pelo nome que deve completar a chapa à reeleição.

Até então, Pedro Paulo era tido como favorito ao posto, que deve ser peça fundamental na campanha à reeleição.

Isso porque, caso reeleito, Paes planeja deixar a prefeitura durante o mandato para concorrer ao governo do estado em 2026, e prefere ter como vice um nome de confiança para assumir o cargo. O prefeito recebeu indicações de partidos aliados, como PT e PDT, mas mantém a intenção de formar uma chapa "puro sangue", com um nome do PSD.

Paes e aliados posam de mãos dadas para foto em convenção do PSD que confirmou candidatura do prefeito, no sábado (20) - Beth Santos/Divulgação

Pesquisa divulgada em 5 de julho pelo Datafolha aponta que Paes está na liderança isolada das intenções de voto para as eleições de outubro. O atual prefeito tem 53% das intenções, percentual que, se repetido nas urnas, garantiria a vitória no primeiro turno. Num segundo patamar estão os deputados federais Tarcísio Motta (PSOL), com 9%, e Alexandre Ramagem (PL), com 7%.

Em reunião com Paes nesta segunda-feira (22), Pedro Paulo pediu para não compor a chapa. O deputado demonstrou receio na divulgação, por parte da oposição, de uma suposta chamada de vídeo íntima. Ele disse, segundo o entorno do prefeito, que não gostaria de prejudicar a imagem da família, nem a campanha.

A suposta existência de um vídeo gravado por uma mulher há dois anos já circulava nos bastidores da política carioca há pelo menos um mês. Apesar disso, segundo integrantes do PSD, o partido e o próprio Paes foram pegos de surpresa com a decisão de Pedro Paulo.

A notícia adiou a escolha, mas não o plano de divulgação do nome escolhido. Antes mesmo da desistência, o PSD se programava para anunciar o vice na chapa somente no início de agosto.

Desde janeiro, Paes tem recebido de aliados nomes para a vaga de vice, apesar de sempre reiterar a preferência por Pedro Paulo. Com a desistência do parlamentar, opções que circulavam como laterais ganharam força. Os mais comentados são os do deputado estadual Eduardo Cavaliere (PSD), ex-secretário municipal da Casa Civil, e do vereador Carlo Caiado (PSD), presidente da Câmara do Rio.

Cavaliere é o preferido pelo entorno de Paes. Pessoas próximas a ele entendem que, apesar de jovem, o deputado conta com a confiança do prefeito e tem um perfil resolutivo que o agrada.

Ele trabalhou na campanha derrotada de Paes para o governo estadual em 2018. Quando Paes venceu a prefeitura, em 2020, tornou-se secretário municipal do Meio Ambiente. Foi eleito deputado estadual em 2022, e em 2023 foi chamado para ser secretário da Casa Civil, cargo que ocupou até o meio do ano.

Integrantes do PSD, contudo, defendem que Cavaliere não possui experiência política suficiente para assumir a prefeitura em 2026, caso Paes saia para concorrer ao governo e deixe a administração municipal para o vice. Cavaliere poderia se tornar prefeito aos 31 anos.

Essas mesmas alas do partido apostam em Carlo Caiado (PSD), atual presidente da Câmara. Caiado está no quinto mandato como vereador e é considerado pela legenda um político de boa articulação no município. Ele foi um dos políticos que migrou do DEM para o PSD em 2021, junto com Paes.

Uma outra ala acredita que Pedro Paulo ainda pode ser convencido a voltar atrás. Circula entre integrantes do partido a versão de que o deputado federal pode ter antecipado a existência do suposto vídeo por conta própria a fim de quebrar a expectativa da oposição, que poderia usar o episódio para causar danos à campanha.

Na convenção do PSD que oficializou a candidatura de Paes, no último sábado (20), Pedro Paulo teve momentos de protagonismo no evento. Chegou a ouvir gritos de "é nosso vice" ao ser chamado para discursar. Cavaliere e Caiado também estavam ao lado do prefeito.

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