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Pedro Paulo desiste de ser vice na chapa de Eduardo Paes no Rio

Deputado federal era o favorito para concorrer na aliança do atual prefeito

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Rio de Janeiro

O deputado federal Pedro Paulo (PSD) pediu ao prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), nesta segunda-feira (22), para não ser vice na chapa à reeleição.

A decisão pegou integrantes do partido de surpresa. O deputado não respondeu aos contatos da reportagem para comentar o assunto.

O pedido de Pedro Paulo, segundo integrantes da campanha, seria para poupar a família e o próprio Paes da possível repercussão de um suposto vídeo íntimo que poderia ser divulgado e usado por opositores durante a campanha.

Pedro Paulo disse, na conversa com o prefeito, que não deseja prejudicar familiares e o rumo da eleição.

O deputado federal Pedro Paulo (PSD-RJ)

Por vontade de Paes, Pedro Paulo seria o vice na chapa. O atual prefeito é antigo aliado do deputado e deseja montar uma chapa puro sangue. Paes tem a intenção de concorrer ao governo em 2026, e gostaria de deixar à frente da prefeitura alguém de sua confiança.

Integrantes do PSD afirmavam, até a última semana, que a decisão de concorrer estava com Pedro Paulo e que a campanha aguardava o aceite, mas que ele não havia feito nenhum movimento na direção do sim.

Outro postulante do PSD é o deputado estadual Eduardo Cavaliere, ex-secretário municipal da Casa Civil.

Cavaliere é um político a quem Paes confiança, mas é visto por alas do partido sem experiência suficiente para assumir a prefeitura em caso de saída do atual mandatário.

Procurada, a campanha do PSD confirmou a reunião, mas informou que o prefeito não vai se manifestar e falará sobre a indicação do vice em "momento oportuno".

A convenção do partido que confirmou a candidatura à reeleição ocorreu no último sábado (20), sem a definição do vice.

O atual prefeito é o principal favorito na corrida eleitoral desde ano: em pesquisa do Datafolha no início do mês ele obteve 53% das intenções de voto, patamar suficiente para vencer a disputa em primeiro turno.

Em segundo lugar apareceram tecnicamente empatados Tarcísio Motta (PSOL), com 9%, e Alexandre Ramagem (PL), com 7%.

Pedro Paulo foi candidato a prefeito pelo PMDB na eleição de 2016, ocasião em que tinha o apoio de Paes, então em seu segundo mandato na prefeitura. Ficou apenas em terceiro lugar.

Naquele ano, o hoje deputado foi alvo de adversários por causa de uma suspeita de agressão a sua ex-mulher. O STF (Supremo Tribunal Federal) arquivou o caso.

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