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Descrição de chapéu Obituário Fernando Sampietro (1938 - 2020)

Mortes: Filho de imigrantes espanhóis se reinventou após a aposentadoria e escreveu livro de contos

Fernando Sampietro descobriu um grupo de idosos para aprender a cantar, dançar e pintar

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Flavio Latif
São Paulo

Conhecido como “professor” na família, Fernando nasceu no dia 23 de novembro de 1938 em Agudos, município da cidade de São Paulo, a 330 quilômetros da capital.

O filho de imigrantes espanhóis era o segundo de 11 filhos de dona Natividade e seu Fernando Sampietro.

Casou-se com Maria Pacheco Sampietro e teve quatro filhos: Wagner, Lucio, Raquel e Patrícia; e 4 netos, Letícia, Vitor, Gabriela e Maria Clara.

Fernando Sampietro (1938-2020) - Arquivo pessoal


Fernandinho, como era carinhosamente chamado pelos irmãos, e a esposa foram ativos nas questões sociais da igreja católica que frequentavam. Eram voluntários na produção de comida para pessoas carentes e faziam doações de roupas sempre que possível.

Quando o assunto era política, o casal também era participativo. Foram filiados ao PT (Partido dos Trabalhadores) desde o início de suas atividades, defensores das causas do partido e participaram de reuniões e debates com o ex-presidente Lula e a ex-prefeita da cidade de São Paulo Marta Suplicy.

Fernandinho teve pouco estudo, mas buscou aprender sozinho. O amor pela leitura fez com que recebesse o apelido de “professor” pelos netos, que ficavam encantados com a quantidade de livros e enciclopédias na estante. Eles aproveitavam o tempo com o avô para tirar dúvidas de história a geografia.

Mesmo com o passar dos anos, Fernando não se acomodou. Após a aposentadoria, estudou e descobriu um grupo de idosos onde aprendeu a cantar, dançar e pintar. Escreveu o livro “4 Contos” (Incidente em Capinzar, O nome da mula, O velho rabequeiro, A dor de barriga e outras dores). Posteriormente, ao lado do irmão Julio escreveu a “Saga da Família Sampietro”, que conta a trajetória de família imigrante espanhola.

A obra "4 Contos" foi um presente. A família aproveitou seu octogésimo aniversário para reunir todos em um almoço na cidade de Monte Verde, em Minas Gerais, onde filhos e netos o presentearam com exemplares do livro. A obra não foi publicada comercialmente, mas é o desejo da família para um futuro próximo.

Fernando Sampietro morreu dia 5 de abril, aos 82 anos, por um quadro grave de pneumonia, causado pelo novo coronavírus.

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