Neruda, arte contemporânea e coleção pré-colombiana alimentam roteiro cultural em Santiago
Programa cabe em um fim de semana e pode ensinar sobre a feridas da democracia latina
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Nem só de vinho, comida, horizontes e parques se faz um roteiro na capital do Chile. Aficionados por cultura e história encontrarão em Santiago razões que por si justificam as quatro horas de voo.
Na região central, o imponente Museu de Arte Precolombino guarda uma das mais ricas coleções de artefatos das populações que viviam na costa oeste sul-americana antes da chegada dos espanhóis.
Da linda cerâmica mapuche e atacamenha aos impressionantes quipus (fios com nós usados pelos incas para registrar inventários, estoques e contabilidades), uma coleção compacta e bem curada explica como se vivia naquele pedaço de terra há 500, 1.000 ou 2.000 anos atrás.
Aos domingos, a entrada de 7.000 pesos (R$ 40) sai de graça. A sala reservada à tecelagem, no segundo andar, mantida a luz e temperatura baixas, é surpreendente, dedicando-se a uma parte da vida cotidiana que outros grandes museus similares ignoram.
A menos de dez minutos a pé do museu pré-colombiano, também no centro, o subsolo do bonito e triste Palácio La Moneda, sede da Presidência, foi transformado em centro cultural, com performances musicais, cinema e exibições de artes plásticas variadas.
Lá está em cartaz, até 28 de julho, uma mostra das paisagens pintadas do inglês J.M.W. Turner (1775-1851) e uma exibição dos desenhos, brinquedos e figuras de madeira do uruguaio Joaquín Torres García (1874-1949). Os turistas eram poucos, mas santiaguenhos animados assistiam a um show de rock melódico no domingo à noite.
Mais vibrante ainda é o GAM, ou Centro Cultural Gabriela Mistral, que fica no bairro boêmio de Lastarria (20 minutos de caminhada da sede do governo) e leva como nome o pseudônimo da escritora chilena contemplada com o Nobel em 1945, a poetisa Lucila Godoy Alcayaga (1889-1957).
De vocação mais pop, o prédio foi inaugurado em 1972 pelo então presidente Salvador Allende (1908-1973) como centro de convenções.
Foi apropriado como sede pelo regime de Augusto Pinochet (1973-1990), e depois ressuscitado em 2006, pelo primeiro governo de Michelle Bachelet (2006-2010) com uma reforma que o revestiu de estacas de aço inoxidável e encheu o teto da construção de volumes suspensos com vitrais para a luz entrar.
O resultado é o prédio mais bonito da capital, que atrai sobretudo jovens para performances de dança, teatro, música e exibições de ciência.
Mais 15 minutos andando até o bairro de Bellavista conduzem a La Chascona, a casa-museu onde viveu outro Nobel de Literatura chileno Pablo Neruda (1904-73), reconstituída e tornada museu desde os ataques que a destruíram parcialmente após o golpe.
É um roteiro que cabe em um fim de semana e pode ensinar sobre as tantas feridas antigas e recentes na democracia latina.
Pacotes
R$ 3.186
5 noites em Santiago, na CVC (cvc.com.br)
Hospedagem em quarto duplo, com café da manhã. Inclui passagem aérea a partir de São Paulo e traslados
R$ 4.916
8 noites em Santiago, na Azul Viagens (azulviagens.com.br)
Hospedagem em quarto duplo, sem refeições e sem passeios. Inclui passagem aérea a partir de Campinas (SP)
US$ 2.950 (R$ 12 mil)
5 noites em Santiago e no arquipélago de Chiloé, na Interpoint (interpoint.com.br)
Duas noites na capital chilena e três no conjunto de ilhas. Hospedagem em quarto duplo, com todas as refeições em Chiloé. Inclui passeios com guia e traslados. Sem passagem aérea
US$ 5.704 (R$ 23,2 mil)
5 noites em Santigo e no Atacama, na Maringa Lazer ( maringalazer.com.br)
Três noites na capital e duas no deserto, com saída em 6 de setembro. Inclui café da manhã, excursões, traslados, seguro-viagem e passagem aérea a partir de São Paulo
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