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Descrição de chapéu África

Cruzeiro na África opõe beleza natural à vasta oferta de estímulos a bordo

Praias deslumbrantes e safáris para observar elefantes contrastam com o dia a dia no navio com bar, cassino e shopping

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ILHAS MAURÍCIO, ILHA DA REUNIÃO (FRANÇA) E ÁFRICA DO SUL

Um aviso na porta da suíte do navio de cruzeiros da linha Norwegian Cruise Line lembra lembra todas as manhãs que estamos de férias, ou seja, é para relaxar e gozar. Às vezes o bilhete faz sentido, porque a sensação de estar preso num enorme shopping, cassino e resort flutuante por dias a fio pode desestabilizar os ânimos de quem costuma ter os pés bem plantados em terra firme até demais.

É nessas horas que o azul deslumbrante do oceano Índico visto da varanda do quarto dá uma certa paz, em especial à noite, com o reflexo gigantesco da Lua no meio do nada. E o bar de vinhos do barco, muito bem abastecido e com enorme variedade de rótulos, dá um verniz etílico à calmaria que pode se estender por semanas.

É importante ter um livro à mão, porque não há sinal decente de internet que chegue, e o detox digital se impõe. Nada de trabalhar, nada de telefonemas, reuniões no Zoom, mensagens de texto cortando o barato.

Área interna do navio Norwegian Dawn - Divulgação

Partimos de Port Louis, nas Ilhas Maurício, rumo à África do Sul com uma parada na Ilha da Reunião, um território francês no meio do mar. A praia de Pointe aux Piments, início da viagem, é um paraíso de águas cristalinas, com um serviço cinco estrelas afiado para aplacar qualquer desejo na praia atulhada de corais.

Os vilarejos da parada francesa logo adiante, pequenos enclaves morro acima de um vulcão ainda ativo, são o oposto polar. A terra escura e seus declives dramáticos ali, vales escavados ao longo de milênios com ondas de neblina cobrindo o horizonte, dão a sensação de estarmos na superfície lunar, um deserto de charme um tanto alienígena.

Já no continente, as paradas ao longo da costa da África do Sul descortinam horizontes ainda mais selvagens —e ensinam novos exercícios de fé.

Navio de cruzeiro Norwegian Dawn - Divulgação

Se em Richards Bay é possível mergulhar na praia da reserva ambiental de Cape Vidal, onde a água é mais do que transparente, as ondas mansíssimas e macaquinhos fofos —não chegue perto— brincam à sombra das palmeiras, Port Elizabeth é o lugar de observar alguns mamíferos de porte mais avantajado.

Dentro do jipe, aberto nas laterais mas alto o suficiente para dar uma sensação de segurança, embora nos façam assinar termos que a culpa é nossa se virarmos almoço de alguma fera, sabemos há um único leão na reserva, mas ele sai só à noite e deixa o dia para o espetáculo dos elefantes.

São longos minutos olhando um emaranhado de galhos —a vegetação retorcida é um show à parte—, esperando ver ou ouvir algum movimento que possa indicar a presença tão acachapante quanto encantadora dos paquidermes.

De repente, eles saem da mata com seus filhotes para disputar um único oásis no meio da imensidão estorricada. Os guias avisam que eles são perigosos, não mais que os hipopótamos, que só avistamos ao longe, sempre dentro d’água.

É bom remoer esse imaginário plácido de bichos soltos na hora de voltar ao barco, onde os estímulos são outros. É a sensação de estar num videogame, com tudo acontecendo ao mesmo tempo, leilões de arte, com muito Romero Britto, espetáculos acrobáticos —o caos a bordo, que é uma experiência inesquecível.

O jornalista viajou a convite da Norwegian Cruise Line

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