O deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ) afirmou nesta quarta-feira (20), por meio da sua defesa, que recebeu duas doses de vacina contra a Covid-19 do laboratório Janssen e duas doses da vacina do laboratório Pfizer, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. A defesa dele ainda não havia se manifestado a respeito do indiciamento feito pela Polícia Federal, nesta terça (19).
O parlamentar foi indiciado, assim como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, e outras 14 pessoas, no caso que apura a falsificação de certificados de vacinas contra a Covid-19.
Pessoas próximas ao deputado defendem que a inclusão do nome dele na lista da PF se dá para que o caso seja mantido no STF (Supremo Tribunal Federal), já que ele tem foro privilegiado.
"É incontroverso, conforme o relatório final elaborado pela Polícia Federal, que Gutemberg foi vacinado e que não existem inconsistências com os lotes registrados", diz a advogada de defesa do deputado Flávia Guth.
A divergência entre as datas das primeira e segunda doses da vacina do laboratório Janssen, registradas na carteira de vacinação física, é, segundo a defesa, "erro material de escrita do vacinador, que lançou a segunda dose como se tomada em fevereiro de 2021".
Em fevereiro de 2021, a vacinação da população adulta de faixa etária do deputado Gutemberg não havia sido iniciada. De acordo com Flávia Guth, o parlamentar "divulgou incansavelmente em suas redes sociais, durante o período da pandemia, seu firme posicionamento em favor da ampla vacinação".
A investigação apontou a suspeita dos crimes de inserção de dados falsos em sistema público e associação criminosa, e a PF diz que a fraude pode ter sido realizada no escopo da tentativa de aplicar um golpe de Estado no país e impedir a posse de Lula (PT).
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.