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Brasil ganha prêmios internacionais por melhor emissão de títulos sustentáveis

Reconhecimento reforça expectativa de nova captação de título verde pelo Tesouro em 2024

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O Brasil ganhou dois prêmios internacionais de melhor emissão de título com selo de boas práticas nas áreas ambiental, social e de governança, mais conhecidas pela sigla ESG.

O primeiro prêmio foi o "ESG do Ano na América Latina" (Latin American ESG Deal of the Year, na sigla em inglês), concedido pela Global Capital, em cerimônia realizada em Nova York na terça-feira (16).

O lançamento do papel —o primeiro desse tipo feito Tesouro Nacional— ocorreu em novembro do ano passado, quando foram captados R$ 2 bilhões. Na época, a procura dos investidores internacionais pelos papéis foi alta e atingiu US$ 6 bilhões. O papel serviu depois de referência para as emissões ESG de empresas brasileiras.

Os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Marina Silva (Meio Ambiente) lançam "títulos verdes" aos investidores na Bolsa de Valores de NY - Diogo Zacarias - 18.set.2023/ Ministério da Fazenda

A Global Capital é uma plataforma de informações financeiras com mais de 30 anos, que, entre outras atividades, organiza e patrocina premiações para emissões, emissores, bancos coordenadores e agências de classificação de risco, entre outros que participam de emissões externas e domésticas, e que se destacaram em cada ano.

O segundo prêmio foi o "Dívida Sustentável 2024" (Sustainable Debt Awards 2024, na sigla em inglês), da Environmental Finance, uma plataforma de dados sobre investimentos sustentáveis. O anúncio da premiação foi feito há uma semana, conforme comunicado do Ministério da Fazenda divulgado nesta quarta (17).

O reconhecimento do sucesso na emissão de títulos sustentáveis no mercado internacional reforça a expectativa entre os investidores de uma nova capitação externa neste ano.

Como revelou à Folha o subsecretário de Dívida Pública do Tesouro, Otávio Ladeira, o governo também estuda a viabilidade de fazer o primeiro lançamento de papéis verdes (também chamados de green bonds) no mercado doméstico.

Essa nova frente de captações não é para o curto prazo, mas a opção entrou no radar e está sendo estudada mediante o uso do mesmo arcabouço regulatório criado para o lançamento no mercado externo.

O arcabouço é uma espécie de carta de apresentação aos investidores e estabelece que a emissão de um papel sustentável tem de estar lastreada em uma lista de despesas ligadas a programas ambientais, sociais e de governança do Orçamento da União.

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