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Governo tenta escapar de cilada em taxação de importados; veja vídeo

Lula quer fechar brechas para desgaste político com medida impopular, apesar de pressões da indústria e do comércio

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Brasília

O governo Lula (PT) tenta escapar de uma cilada nas discussões sobre a taxação de compras internacionais de até US$ 50.

Ao longo do ano passado, os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) tentaram elaborar uma fórmula para cobrar impostos dessas encomendas, que chegam principalmente da China e são vendidas em plataformas como Shopee, Shein e AliExpress.

Esses integrantes do governo estavam convencidos de que era preciso aplicar uma taxa aos importados para não prejudicar a indústria e o comércio nacionais, que fabricam e vendem concorrentes diretos desses produtos.

O governo, no entanto, preferiu deixar essa proposta na gaveta porque entendeu que implantar uma cobrança de impostos seria uma medida amarga demais num momento em que Lula tenta evitar novos desgastes na sua popularidade.

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O Congresso, no entanto, ressuscitou a discussão dentro de uma proposta sem relação com o assunto –o projeto Mover, que cria parâmetros de sustentabilidade para a indústria automobilística.

A inclusão de uma proposta para taxar os importados dentro desse texto teve a iniciativa do centrão, a pressão de lobistas da indústria e do comércio e o apoio do presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL).

O retorno desse debate criou um impasse no governo. Alguns ministros até gostariam de ver a taxação aprovada, mas não querem assumir a iniciativa ou um apoio público à proposta.

Lula, por sua vez, decidiu fazer um movimento para passar a mensagem de que não pretende deixar brechas para prejuízos políticos: orientou a bancada governista a votar contra a proposta e avisou que pretende vetar a medida se ela for aprovada. Para não entrar em conflito com Lira, no entanto, ele acrescentou que admite negociar o tema com o presidente da Câmara.

Veja vídeo da análise de Bruno Boghossian.

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