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Descrição de chapéu Governo Lula forças armadas

'Estou otimista, Defesa não aguenta mais corte', diz Múcio após reunião com Haddad

Ministro da Defesa busca reverter queda de orçamento na pasta, que teve 47% de queda em 10 anos

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Brasília

O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, afirmou nesta quarta-feira (17) estar otimista que sua pasta escapará dos novos cortes que devem ser feitos para fechar as contas em equilíbrio neste ano.

"Não perguntei ao [Fernando] Haddad se vamos ser cortados ou não [neste ano], mas fiz questão de mostrar a ele nossa realidade para sermos merecedores de julgamento justo. Estou otimista [que Defesa vai escapar dos cortes]. Aqui a gente não aguenta mais corte", disse à Folha.

Acompanhe tudo que acontece em Brasília nesta quarta (17)

A declaração ocorre depois da reunião do ministro com o presidente Lula (PT), Haddad e Rui Costa (Casa Civil) no Palácio do Planalto. O encontro ocorre após outras duas reuniões no palácio com a presença de comandantes das três forças na semana passada.

O ministra da defesa, Jose Múcio, na Comissao de Relaçoes Exteriores e de Defesa Nacional na Câmara. - Gabriela Biló-17.4.2024/Folhapress

A reunião foi para a Defesa apresentar a situação fiscal do ministério em 2024 e 2025. "A gente está represando nossas obrigações financeiras, pagamentos, e está precisando que se cuide mais disso", disse Múcio, mencionando a fragata e o submarino de Itaguaí (RJ).

De acordo com o ministro, agora caberá a Haddad apresentar o que pode ser feito a respeito do tema, em reunião na próxima semana. Lula apenas demonstrou que é preciso encontrar uma solução, segundo Múcio.

O ministrou disse ainda que o orçamento da Defesa sofreu uma queda de 47% nos últimos dez anos. Em 2014, ainda no governo Dilma Rousseff (PT), a fatia do orçamento médio para discricionárias era de R$ 17 bilhões. Neste ano, foi para R$ 11,65.

O Ministério da Defesa está entre as pastas mais atingidas por cortes feitos em 2024 pelo governo Lula (PT) para ajustar o Orçamento às regras do novo arcabouço fiscal. O órgão perdeu R$ 280 milhões durante o ano e ficou com o menor volume de recursos em uma década.

Depois do corte de verbas, a Defesa ficou com R$ 5,7 bilhões disponíveis em verba discricionária, sem contar recursos de emendas parlamentares e do Novo PAC. Em 2014, essa mesma fatia era de R$ 11,5 bilhões, cifra que supera R$ 20 bilhões se for considerada a inflação do período.

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