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Cannabis Inc. - Valéria França
Valéria França
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Valeria França

Sede da ONU terá um dia de debate sobre Cannabis

Crescimento acelerado leva especialistas a discutir desafios e diretrizes

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Na próxima quinta-feira (5), acontece o primeiro fórum presencial sobre Cannabis na sede da ONU (Organização das Nações Unidas), em Nova Iorque, endereço conhecido por debater os temas mais relevantes para o desenvolvimento do mundo. O evento é consequência natural do salto do impacto dessa planta milenar na sociedade – principalmente durante a pandemia, quando todos os dispensários nos EUA foram considerados essenciais. Para ter uma ideia, em 2021, a venda do setor aumentou 43% em relação ao ano anterior. Na Flórida, onde é permitido apenas o uso medicinal, subiu 70%. Há quem diga que a Covid fez com que esse mercado crescesse dez anos em dois.

mulher com cabelos longos loiros, vestida de branco, olha para o lado com leve sorriso
Patrícia Villela Marino, advogada e ativista cívico-social, lidera o Instituto Humanitas 360: única brasileira a discursar no evento em Nova York - Lucas Barreto / Humanitas360

Batizado de Regenerative Cannabis Live, o fórum é organizado por Patrick McCartan, CEO da Regennabis Ventures, empresa de fundo de capitais, que se diz comprometido com a sustentabilidade, o meio ambiente e as práticas de inovação social. Assim governança ambiental, social e corporativa (ESG, sigla em inglês) é ponto fundamental e comum entre os 32 palestrantes convidados para o dia intenso de discussão. O evento começa às 7h e vai até às 17h30 (de Nova York).

"A indústria da Cannabis nasceu naturalmente mais plural, inclusiva e com uma preocupação forte com as questões ambientais", diz Alex Lucena, sócio e head de inovação da The Green Hub, aceleradora de startups do setor no Brasil. Isso acontece porque o cultivo da planta é carbono zero. No processo de crescimento, ela estoca CO2 no talo e o elimina no solo, o que enriquece a terra. Além disso, a planta pode ser usada por inteiro, sem desperdício. As flores são matéria-prima para o óleo medicinal, enquanto as folhas, para a indústria têxtil e da construção.

Lucena organizou a comitiva de especialistas da América Latina que estará no fórum. Entre os brasileiros, a única palestrante é Patrícia Villela, presidente da Humanitas360, ONG que trabalha para diminuir a violência e melhorar a qualidade de vida da população carcerária feminina. Ela sobe ao palco (às 10h, de Nova York), para falar sobre a necessidade da regulação da indústria da Cannabis para a construção de uma sociedade mais inclusiva. No Brasil, a regulação do cânhamo medicinal e industrial foi proposto no PL 399-2015, que está parado na Câmara dos Deputados, devido a pressão da ala evangélica do Governo.

Os painéis estão divididos em grandes temas, como economia, sociedade, meio ambiente, tecnologia e saúde. O evento terá link aberto para o público em geral. Para isso, basta se cadastrar aqui.

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