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Valéria França
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O mundo da Cannabis volta às telas

Novo documentário de Raphael Erichsen terá pré-estreia em feira do setor

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São Paulo

Antes da estreia para o público em geral, o filme O Outro Mundo de Sofia, novo documentário de Raphael Erichsen, será exibido na Medical Cannabis Fair, no Expo Center Norte, na próxima quinta-feira (4), às 19h. A sessão é aberta aos convidados que se inscreverem neste link, até quarta-feira, às 18h. Trata-se de uma produção da Kromaki em parceria com a GNT.

documentário sobre a Cannabis medicinal
Cena do documentário O Outro Mundo de Sofia: advogada Margarete Brito e a filha - Divulgação

O diretor volta ao tema da Cannabis medicinal, depois de nove anos do lançamento de Ilegal: a vida não espera, primeira obra dele sobre o assunto. Isso foi em 2014, época em que a Cannabis medicinal estava restrita a um grupo de mães, que lutava pela vida de seus filhos, muitas vezes agindo fora da lei.

Estamos falando de crianças com doenças raras, que não respondiam aos tratamentos convencionais, mas apenas às substâncias derivadas da Cannabis, principalmente o CBD (Canabidiol), que era proibido no país. Como mãe não tem limite quando o assunto é a vida dos filhos, elas davam um jeito. Algumas recorrriam ao tráfico, outras plantavam, e ainda tinha quem conseguia viajar para o exterior e trazer o óleo escondido na mala. "Nessa época, era muito difícil falar de maconha. Era um tabu", conta Erichsen.

Em outro cenário, agora de legalidade, com o comércio medicinal regulado pela Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária), o segundo documentário conta a história de Sofia Langenbach, 13. A menina nasceu com síndrome rara, que desencadeia convulsões, contidas apenas com CBD.

"O Ilegal foi a primeira fase da luta, quando pedíamos ao Estado que não fôssemos mais consideradas traficantes", diz a mãe de Sofia, a advogada Margarete Brito, fundadora da Apepi, associação de pacientes, no Rio de Janeiro. Para suprir os pacientes com o óleo, ela tem uma fazenda de Cannabis com laboratório, cuja produção é autorizado pela Justiça.

Com uma linguagem mais poética do que a do primeiro filme, o documentário apresenta a luta desta mãe para garantir o tratamento da filha. Sem ter condições de importar o óleo de CBD, ela decidiu plantar e produzi-lo em casa.

Margarete é o fio condutor da narrativa de Erichsen para montar um bem alinhavado recorte do cenário nacional do setor. Ao longo do filme, especialistas de diversas áreas ligada à planta, como a socióloga Julita Lemgruber e o neurocientista Sidarta Ribeiro, recebem a visita dela para um bate-papo.

No próximo domingo (8), o filme estreia no canal GNT.. No dia seguinte, haverá uma sessão especial aberta ao público, no Cívico (rua Virgílio de Carvalho Pinto, 445, Pinheiros), em São Paulo, às 19. A sessão será seguida de um debate organizado pela Folha de S.Paulo, com o diretor e convidados, mediado por mim. Os interessados precisam confirmar presença neste link, até domingo (9), às 14h.

Assista ao trailer aqui.

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