Foi dada a largada para as competições nas Olimpíadas Paris-2024, e nas redes, está oficialmente aberta a temporada de memes olímpicos. Apresentada como um desfile no rio Sena, com muita chuva, lama e a passagem das delegações de cada país participante em barcos, a abertura dos Jogos foi elogiada e caçoada por internautas brasileiros.
Logo no começo, o momento em que as cores da França foram exibidas acima do Sena impressionou alguns e foi chamado de "chá de revelação de país" por outros.
Com esse tempo nublado e chuvoso, fica quase difícil não comparar o Sena com a sua versão brasileira, o Tietê.
Azar o deles, que não tem Cacique Cobra Coral, diz internauta.
Sorte do Brasil, que conseguiu trazer sua característica alegria mesmo com um uniforme, digamos, um pouco conservador.
Pelo menos, temos um barco só nosso.
Um dos destaques do início da cerimônia ficou com Lady Gaga. A cantora prestou uma homenagem aos cabarés e ao cancan, cantando, em francês, a música "Mon Truc En Plumes", de Zizi Jeanmaire.
Além da Gaga, um rato rosa viralizou.
Tudo isso enquanto um "Assassin's Creed" corre com a tocha olímpica pulando de telhado a telhado parisiense.
Mas faltou cigarro. Quer dizer, Serge Gainsbourg.
Conceito.
Assim como na Copa do Qatar, as Phryges, mascotes dos Jogos inspiradas na Revolução Francesa, não foram poupadas de comentários ganharam o apelidado de "clitorito" por seu formato cônico e avermelhado que lembraria o órgão sexual feminino.
Num país reconhecido por protestos, digamos, inflamáveis, a cerimônia de abertura francesa também relembrou as origens desse espírito revolucionário, trazendo para a celebração "Os Miseráveis", musical inspirado no clássico de Victor Hugo, uma decapitada Maria Antonieta e uma boa combinação entre ópera e rock com Marina Viotti e a banda Gojira.
Dos encontros inusitados, esse proporciona uma imagem simbólica: os membros da Guarda Republicana Francesa acompanhando a apresentação de Aya Nakamura, cantora franco-maliana alvo de ataques da extrema-direita.
Paris' summer eletrohits.
Nostálgicos e ufanistas, os brasileiros não perderam a oportunidade de zombar da cerimônia francesa, chamada de "insossa" e "sem graça", e fazer comparações com a abertura das Olimpíadas do Rio, realizada há oito anos.
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