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Valéria França

Formação gratuita quer furar bolha da Cannabis

Especialização de novos prescritores deve impactar consumo

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São Paulo

Muito se ouve falar nos benefícios da Cannabis medicinal para a saúde, mas na hora de achar um profissional capaz de prescrevê-la não é tão fácil assim. Essa não é uma qualificação reconhecida como especialização pelo Conselho Federal de Medicina, mesmo assim, como os benefícios dos canabinoides são incontestáveis para o bem-estar de pacientes que sofrem de patologias crônicas, como dores do câncer e epilepsia, os cursos de formação se espalham pelo país. Plataforma de marketplace e educação em Cannabis, o grupo Cannect, por exemplo, abriu recentemente vagas ilimitadas para um curso de formação direcionada a médicos, dentistas e psicólogos, administrado pela Dr. Cannabis. Em pouco mais de duas semanas, receberam 1900 inscrições.

"No Brasil, o tema ainda não está inserido na grade curricular de formação de médicos, dentistas, psicólogos e enfermeiros, e essa é a nossa contribuição para compartilhar uma base de conhecimento profundo que pode transformar a saúde e a qualidade de vida de seus pacientes", diz Allan Paiotti, CEO da Cannect. Iniciativas como essa ajudam a explorar o potencial de consumo do país, uma vez que o Congresso não avança na regulação do mercado.

Em maio desse ano, a Universidade de São Paulo (Unifesp) abriu 20 mil vagas, que foram preenchidas, para a nona edição do curso sobre o uso terapêutico da planta. As aulas foram estruturadas em torno de temas como história, legislação, terapias, cultivo e formação de associações, entre outros assuntos práticos.

Potencial de consumidores pode ser melhor explorado

Desde que a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a importação do CBD, em 2014, o acesso ao medicamento dobra a cada ano. Estima-se 430 mil consumidores atualmente, o que é pouco para uma substância com amplas possibilidades de tratamento, principalmente em um país com 240 milhões de pessoas. As empresas de Cannabis medicinal já entenderam que para explorar o potencial desse mercado só aumentando o número de prescritores. Bom para as empresas que devem multiplicar as vendas e melhor ainda para os pacientes, que terão mais acesso à especialistas.

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