Em comemoração ao Dia Mundial da Bicicleta, o Bike Itaú anunciou que vai colocar mais 1.500 bicicletas elétricas na cidade de São Paulo, totalizando 2.000 unidades do tipo até o fim de 2023.
O sistema de compartilhamento de bicicletas existe há 13 anos na capital paulista e conta com 3.200 bicicletas espalhadas por 320 estações. Desse total, 500 são elétricas, introduzidas há um ano.
A Tembici (empresa que administra o sistema), não divulgou o valor que será investido no segmento de elétricas, mas ressaltou que a companhia fez uma operação com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) no valor de R$ 160 milhões no início deste ano. O objetivo, disse a empresa por nota, é ampliar os serviços não só nas cidades em que já opera, mas em novas praças no Brasil, além de investimentos relacionados à tecnologia e inovação.
O novo investimento colocará a frota de bicicletas compartilhadas da cidade de São Paulo em igualdade com a do Rio de Janeiro, com 5.200 unidades cada (somadas as unidades da versão elétrica e da tradicional, sem motor). "A expansão fará com que as cidades se tornem os maiores sistemas de bicicletas elétricas compartilhadas da América Latina, com 2.000 elétricas em cada cidade", ressaltou a nota.
De acordo com os cálculos da empresa, as 500 primeiras bicicletas elétricas de São Paulo já rodaram 12 milhões de quilômetros, e geraram uma economia de 870 toneladas de CO². O cálculo foi feito ao comparar os deslocamentos feitos pelas bicicletas elétricas com os mesmos percursos realizados por um carro a combustão.
Além da economia de carbono, o alívio também chega ao bolso. O usuário pode escolher entre várias possibilidades de planos que variam de avulsos, para pequenas viagens, até anuais. Em São Paulo, o plano avulso custa R$ 4,39 por 15 minutos de uso da bicicleta tradicional. Para a elétrica, o usuário vai gastar 40 centavos a mais por cada minuto que estiver com a bicicleta. Os custos ficam proporcionalmente mais baratos quando o usuário opta por planos mais duradouros.
ALCANCE DA REDE
Uma das maiores queixas dos usuários do Bike Itaú é a cobertura do sistema, que ainda é concentrado nas regiões mais ricas da cidade.
Na cidade de São Paulo, das 320 estações Bike Itaú, a única disponível na periferia fica no terminal de ônibus Cidade Tiradentes (zona leste), onde a estação de bicicletas funciona desconectada do resto da rede. A distância desta estação para a outra mais próxima, na Vila Mariana (zona sul), é de aproximadamente 29 Km. Essa desconexão praticamente impossibilita que moradores do bairro periférico alcancem outras regiões utilizando a própria rede de compartilhamento.
Em compensação, a estação de compartilhamento de Cidade Tiradentes foi adaptada ao sistema de pernoite, no qual o usuário pode levar a bicicleta para casa e devolvê-la em até 12 horas, criando um importante sistema intermodal para quem mora ou trabalha numa distância "pedalável" do terminal de ônibus.
Anunciado como "Estação Bike" em 2018, o plano de pernoite estava previsto para contemplar ao menos 5 bairros periféricos que tivessem grandes estações de transporte público. Com exceção de Cidade Tiradentes, nenhum outro bairro com essas características foi contemplado pelo sistema até hoje.
Por nota, a Tembici esclareceu que "a concentração de empregos e atividades contribuem para a motivação do deslocamento, e por sua condição centralizada, acaba definindo a área de cobertura dos sistemas de bicicletas compartilhadas, que possui o objetivo de ser útil e conveniente para a maior quantidade de pessoas possível".
A empresa garantiu que as bicicletas elétricas estarão disponíveis em todas as estações Bike Itaú da cidade de São Paulo.
BATERIAS
As elétricas do Bike Itaú estão equipadas com baterias de íons de lítio, e têm autonomia de 60 Km quando completamente carregadas.
Como as elétricas tem sido as preferidas dos usuários, inclusive dos profissionais de entrega, ainda é comum chegar nas estações e encontrar as poucas unidades do tipo com a bateria insuficiente para a próxima viagem. De acordo com a Tembici, a chegada das novas bicicletas ao sistema combinada a um reforço na operação logística vai resolver o problema.
Questionada sobre o destino das baterias que perderem a eficácia, a empresa disse que as mesmas serão encaminhadas para reciclagem com parceiros especializados e devidamente licenciados para o fim.
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