É legítimo que Lula queira ganhar a eleição presidencial no 1º turno. Para tanto, deveria buscar uma negociação institucional com as direções partidárias, em vez de promover dissidência nos partidos.
Lula precisará deles para garantir a realização do pleito e o respeito aos resultados. E também para governar, caso seja eleito.
Em 2002, Fernando Henrique entregou a Lula um país conjunturalmente ruim, mas estruturalmente melhor, num contexto internacional favorável.
Se ganhar, Lula vai receber um país conjuntural e estruturalmente ruim, em uma realidade mundial difícil.
No governo, Lula incentivou a fragmentação partidária, cooptando parlamentares oposicionistas para partidos governistas, via mensalão e petrolão.
Apesar do PP, de Ciro Nogueira e Arthur Lira, e do PL, de Valdemar Costa Neto e de Bolsonaro, terem tido o maior número de deputados envolvidos naqueles escândalos, a principal vítima da desmoralização do sistema político foi o PT.
Enfraquecer os partidos é enfraquecer a democracia.
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