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De Grão em Grão - Michael Viriato
Michael Viriato

O que fazer se aplicou em PGBL e deveria ter sido em VGBL?

Existem três erros possíveis de ocorrer quando se aplica em previdência e um deles pode sair caro

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Existe uma infinidade de siglas no mercado financeiro e a confusão com uma simples letra pode causar um grande prejuízo. Isso ocorre no caso de ter aplicado em PGBL, enquanto o esperado fosse em VGBL. Explico o que você deve fazer quando aplica no produto errado de previdência.

Existem três erros possíveis de ocorrer quando se aplica em previdência e um deles pode sair caro. (Photo by Michael Nagle/Xinhua)

Existem três erros possíveis de ocorrer quando se aplica em previdência.

Em dois deles, o prejuízo tende a ser mínimo, mas no terceiro, o prejuízo pode ser grande se você tomar a atitude errada.

Explico primeiro os dois casos menos críticos.

Se você aplicou no tipo de previdência certo, mas escolheu o fundo errado, não tem problema. Basta solicitar uma portabilidade e tudo estará resolvido em pouco tempo.

Não dá para fazer portabilidade de VGBL para PGBL e vice-versa. Portanto, estes casos geram mais dúvidas. Vamos começar pelo mais simples.

O caso mais simples ocorre se você aplicou em um VGBL, enquanto deveria ter aplicado em PGBL. Nesse caso, o melhor a fazer é solicitar o resgate o quanto antes.

Assim, não se preocupe com o fato de a alíquota de IR ser muito elevado no início. O IR incide apenas sobre o rendimento. Como você ficou com o produto por pouco tempo, não vai pagar quase nada de IR. Portanto, não vale esperar.

O mesmo não ocorre se aplicou em PGBL e deveria ter sido em VGBL. Esse é o caso crítico. Não tome a decisão precipitada de resgatar.

O IR no caso de PGBL é sobre principal e rendimento. Portanto, se resgatar, pode perder até 35% de tudo que investiu.

O ideal é manter esse PGBL pelo máximo de tempo que puder, mas não fazer mais aportes nele.

Se você resgatar, pode ficar com apenas 65% do que investiu, mas se mantiver, você vai ganhar retornos sobre o IR que pagaria.

Depois de 10 anos, a alíquota cai para 10% e no longo prazo, a maior parcela do portfólio vai ser retorno. Ou seja, aquele valor inicial que aplicou será uma fração do total.

Por exemplo, se você investiu R$10 mil em PGBL e mantiver a aplicação em um investimento que rende 10% ao ano, em 10 anos, terá R$ 25.937,4. Se resgatar neste momento, vai pagar R$ 2.593,74.

No mesmo exemplo, se você investiu R$10 mil em PGBL e resgata alguns dias depois de descobrir que errou, vai pagar um IR de até R$ 3.500,00.

Mesmo que invista o que sobrou, ou seja, R$ 6.500, na mesma aplicação que rende 10% ao ano por 10 ano, vai ter apenas R$ 16.859,33 no final do período.

Logo, claramente, vale mais a pena esperar neste caso.

O ideal é atentar antes de aplicar, mas se errou, não se desespere, basta seguir a regra acima.

Michael Viriato é assessor de investimentos e sócio fundador da Casa do Investidor

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Caso tenham dúvidas ou sugestões de temas, por favor, fiquem à vontade para enviar por e-mail.

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