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De Grão em Grão - Michael Viriato
Michael Viriato
Descrição de chapéu juros

Esta aplicação de renda fixa internacional pode triplicar o capital investido

A elevação dos juros e dos spreads de crédito trouxeram oportunidades na renda fixa internacional

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Há menos de 24 meses, investidores de renda fixa pelo mundo conviviam com taxas de juros extremamente baixas. A alta das taxas de juros no último ano, aliada ao aumento dos spreads de crédito privado trouxeram oportunidades de investimento para estes investidores. Para aproveitar esta oportunidade no exterior, evitar volatilidade cambial e ter menor alíquota de imposto de renda as corretoras lançaram um produto com retornos atrativos que superam os 17% ao ano.

A elevação dos juros e dos spreads de crédito trouxeram oportunidades na renda fixa internacional. REUTERS/Brendan McDermid ORG XMIT: PPP - NYK501 - REUTERS

A oportunidade em investimento de títulos de renda fixa corporativos não existe somente no exterior. Tenho alertado nos últimos meses que os títulos de crédito privado brasileiros isentos de IR também estão com taxas de retorno muito interessantes.

Sim, os títulos de crédito privado têm maior risco que CDBs que possuem garantia do FGC. Por este motivo, a renda fixa corporativa proporciona rendimento mais elevado.

Aproveitando estas taxas de juros mais altas pelo mundo, as corretoras estão empacotando os títulos externos em operações estruturadas que proporcionam proteção para a variação cambial.

Assim, o investidor pode aplicar valores tão baixos quanto R$ 5 mil em produtos que proporcionam rendimentos que chegam a superar 17% ao ano em Reais.

Uma aplicação prefixada com taxa de 17% ao ano pode triplicar o capital investido em sete anos. Entretanto, não existem títulos corporativos brasileiros que possuam retorno e com boa qualidade de crédito.

O maior retorno nesta operação estruturada é explicado pelo seguinte motivo. Quando se adquire o título no exterior e se realiza a proteção cambial, os rendimentos se elevam. Isso se dá porque o hedge ou proteção cambial adiciona ao retorno do título internacional o diferencial de taxas de juros entre Brasil e EUA.

Desta forma, além de não sofrer com a volatilidade do câmbio, o investidor está exposto à tributação de renda fixa nacional e com maior retorno. Lembro que a alíquota de IR de investimentos internacionais deve ser elevada a partir do próximo ano, conforme a Medida Provisória 1171/23.

Assim, as principais vantagens destas operações estruturadas de renda fixa internacional são:
1 – Possibilidade de diversificação internacional com baixo capital;
2 – Ausência de volatilidade por variação cambial;
3 – Recebimento de juros semestrais;
4 – Alíquota de IR de renda fixa brasileira;
5 – Retornos esperados atrativos.

Apesar da atratividade, é importante lembrar dos riscos.

Como mencionei, investimentos de crédito privado não contam com garantia do FGC. Logo, possuem maior risco.

Para reduzir este risco, a primeira estratégia é selecionar títulos de empresas de boa qualidade. Adicionalmente, também é importante não concentrar, ou seja, alocar apenas uma pequena fração do portfólio em cada emissor.

Como este produto de investimento internacional é distribuído na forma de operação estruturada, ele não possui a mesma liquidez que títulos de renda fixa. Quando se investe em ativos com baixa liquidez, o investidor deve aplicar apenas aquele recurso que pode ser mantido até o vencimento.

Gestores de fundos de renda fixa ativa brasileiros, também, realizam operações similares a esta mencionada acima. Eles estão sempre comparando o rendimento de títulos de empresas brasileiras no mercado local e no internacional. Quando eles percebem que a aquisição do título no exterior junto com a proteção cambial proporciona maior retorno que o mesmo título no Brasil, eles optam pela alternativa mais vantajosa.

Assim, por meio destas operações estruturadas de renda fixa internacional, pequenos investidores também podem se beneficiar de oportunidades similares às empregadas por grandes gestores e com baixos valores de aplicação inicial.

Michael Viriato é assessor de investimentos e sócio fundador da Casa do Investidor.

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