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De Grão em Grão - Michael Viriato
Michael Viriato

Com os juros de hoje, este instrumento teria sido o melhor investimento em 10 anos

Uma aplicação com retorno de 16% ao ano teria capacidade de dobrar o capital investido em menos de 5 anos

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Obter uma rentabilidade de 16% ao ano prefixada não é algo comum. Nos últimos 10 anos, nenhuma aplicação tradicional conseguiu alcançar este retorno. O índice de ações de tecnologia representado pela Bolsa Nasdaq foi o melhor neste período e rendeu apenas o equivalente a 13,4% ao ano. Então, como conseguir 15% ao ano ou mais?

Uma aplicação prefixada com retorno de 16% ao ano teria capacidade de dobrar o capital investido em menos de 5 anos. Michael M. Santiago/Getty Images/AFP (Photo by Michael M. Santiago / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP) - Getty Images via AFP

Depois de meu artigo de ontem, recebi alguns questionamentos por e-mail sobre em qual ativo de renda fixa se poderia obter este retorno de 15% ao ano que citei.

Como mencionei, essa taxa de retorno pode ser obtida em títulos de crédito privado. Entretanto, não é comum neste momento. É possível encontrar CDBs com taxas desta magnitude, mas não é fácil. No entanto, há uma aplicação que tem ganhado bastante popularidade no momento e consegue proporcionar este retorno.

Entretanto, a forma como esta aplicação foi vendida no passado trouxe algum preconceito sobre o instrumento pela falta de compreensão sobre ela e de sua amplitude. Vou fazer uma analogia mais próxima dos investidores.

Possivelmente, você já ouviu falar mal sobre fundos de investimento. Existem fundos de ações, multimercados, cambial, imobiliários e de renda fixa. Em cada uma destas categorias, há fundos bons e outros ruins. Muitos investidores têm preconceito com fundos, pois ou aplicaram em um fundo ruim ou em uma das alternativas de risco e o resultado frustrou, pois o risco se materializou.

O mesmo ocorre com este outro instrumento de renda fixa que me refiro e que tem hoje taxas de juros de até mais de 16% ao ano prefixadas de boas empresas.

Evolução de um investimento de R$10 mil há 10 anos em um COE de renda fixa prefixada a 16% ao ano (verde), no índice Nasdaq (laranja), no Ibovespa (vermelho).
Evolução de um investimento de R$10 mil há 10 anos em um COE de renda fixa prefixada a 16% ao ano (verde), no índice Nasdaq (laranja), no Ibovespa (vermelho). - Michael Viriato

Uma aplicação prefixada com retorno de 16% ao ano teria capacidade de dobrar o capital investido em menos de 5 anos.

Me refiro ao Certificado de Operações Estruturadas (COE). Da mesma forma que nos fundos, há COEs de ações, multimercados, cambial, de renda fixa e outros. Também, dentro de cada uma destas categorias, há produtos bons e outros ruins. Portanto, se você tem algum preconceito ou é porque aplicou em um produto ruim ou em uma alternativa de risco.

Entretanto, também há a alternativa de renda fixa em COE, cujo risco é apenas o risco de crédito privado como nos títulos desta categoria. Assim, o que faz mais diferença para você o nome ou o retorno?

No processo construção de uma carteira de investimentos, a arte está em selecionar produtos bons, que estejam alinhados com um cenário econômico favorável e com maior probabilidade de proporcionar um bom resultado.

O cenário econômico atual é de inflação controlada e com taxas de juros em queda. Neste cenário, ativos de renda fixa prefixados e referenciados ao IPCA têm a maior probabilidade de apresentar um bom balanço de retorno por risco. Aplicação em Bolsa também pode ser positiva, mas, também depende de condições de aversão ao risco e crescimento. Logo, devem apresentar maior volatilidade como temos visto neste ano.

Assim, quando se fala em taxa de juros prefixada superior a 15% ao ano, existem poucos riscos de insucesso quando se investe em produtos de empresas de boa qualidade e com diversificação.

Cuidado para não criar preconceitos e, assim, perder boas oportunidades. O segredo está em escolher bons produtos e investir de forma diversificada.

Michael Viriato é assessor de investimentos e sócio fundador da Casa do Investidor.

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