De Grão em Grão

Como cuidar do seu dinheiro, poupar e planejar o futuro

De Grão em Grão - Michael Viriato
Michael Viriato

Descubra o erro fatal que a maioria dos investidores comete

Focar nos ativos é secundário quando se pensa na jornada para a independência financeira

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Você já se perguntou por que tantos investidores acabam frustrados, mesmo após anos tentando aumentar seu patrimônio? A resposta pode estar mais simples do que parece, escondida não no que investimos, mas em como investimos.

Focar nos produtos certos é menos importante do que você pensa na jornada para o sucesso financeiro. Michael M. Santiago/Getty Images/AFP (Photo by Michael M. Santiago / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP) - Getty Images via AFP

Muitos me procuram com perguntas como: "Michael, quais são os melhores fundos imobiliários para investir?", "Michael, quero ações que paguem bons dividendos, quais recomenda?" e "Michael, quero investir em Tesouro, qual o melhor?". Estas perguntas, embora comuns, revelam um equívoco fundamental: a fixação em produtos específicos sem uma estratégia clara.

Muitas vezes elas surgem, pois vimos o sucesso de alguém nas mídias e atribuímos o sucesso ao veículo.

Por exemplo, considere o caso de Warren Buffett ou Luiz Barsi. Muitos os veem como modelos a serem imitados, acreditando que seguir seus passos é garantia de sucesso. "Basta comprar ações pagadoras de dividendos e reinvestir os ganhos", diz um deles. No entanto, essa visão simplista ignora os complexos fatores que moldam o sucesso financeiro.

A Navalha de Occam, um princípio do século XIV atribuído a Guilherme de Ockham, frade franciscano e filósofo inglês, sugere que a explicação mais simples é muitas vezes a melhor. Poderíamos aplicar isso ao sucesso de Buffett e Barsi, reduzindo-o à simples sorte.

Mas, como replicar a sorte? Então buscamos uma explicação que conseguimos replicar. Por exemplo, investir em ações pagadoras de dividendos, ações de valor, ou outro ativo. Reflita o seguinte: se fosse algo tão simples como escolher um veículo ou ativo de investimento, por que não existem dezenas de indivíduos como eles?

Em um plano para a jornada para a independência mais robusto, a questão central não deveria ser "qual ativo investir?" mas sim "qual é o meu objetivo de retorno e quais são minhas restrições?".

Imagine uma abordagem diferente para as perguntas iniciais: "Michael, meu objetivo é um retorno de IPCA+6%, com liquidez para 10% da carteira, um horizonte de 15 anos e possibilidade de oscilação da carteira de 2% ao ano em relação ao objetivo. Quais são os ativos mais adequados para mim?"

Esta pergunta reflete um planejamento mais aprofundado e personalizado, que é crucial para o sucesso nos investimentos.

Entender para onde se quer ir, o prazo e as condições da viagem é essencial antes de escolher o veículo. Talvez a resposta para sua jornada financeira não esteja em ações, fundos imobiliários ou ETFs, mas simplesmente em uma carteira que atenda aos seus objetivos específicos.

Lembre-se, investir sem um plano é como navegar sem bússola. Defina seu destino primeiro e então escolha a melhor rota para chegar lá. Depois que isso estiver definido, a escolha do veículo mais adequado é quase lógica. Seu assessor de investimentos ou seu planejador financeiro pode te ajudar com este plano.

Michael Viriato é assessor de investimentos e sócio fundador da Casa do Investidor.

Fale direto comigo no e-mail.

Siga e curta o De Grão em Grão nas redes sociais. Acompanhe as lições de investimentos no Instagram.

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.