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Conheça a história dos Doodles e como eles são pensados

Projeto de 1998 assume compromisso de trazer representatividade para as telas da web

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Guaratinguetá (SP)

Já imaginou se ver na página inicial do maior buscador da internet? A honra é para poucos. Os chamados Google Doodles —aqueles desenhos interativos de homenagens e celebrações que, por vezes, tomam conta da homepage do Google— são restritos àqueles que já nos deixaram. Mas, se depender da equipe chefiada por Jessica Yu e Perla Campos, cada vez mais pessoas vão se sentir representadas.

Jessica Yu, líder da equipe do Doodle, explica que a diversidade é um critério importante para decidir o que vai à página inicial do Google ou não. São mais de 450 Doodles publicados por ano, com diferentes abordagens em cada um dos países, respeitando a diversidade cultural de cada região. Para isso, o time do Doodles tem embaixadores em cada país, que ajudam a indicar personalidades, feriados e costumes que merecem ser celebrados. "Queremos honrar coisas populares, mas também popularizar coisas incríveis que merecem mais atenção". O projeto favorito dela foi o que celebrava o estilo de dança swing e do Savoy Ballroom.

A história das intervenções do Google com seu logo começou há 24 anos, em 1998, antes mesmo da empresa ser constituída. Os fundadores do Google, Larry Page e Sergey Brin, brincaram com o logotipo da empresa para indicar que participariam do festival Burning Man, no deserto de Nevada. Eles colocaram um desenho de um boneco palito atrás do segundo "o" da palavra Google, para passar a mensagem de que os fundadores estavam "fora do escritório".

A piada interna chegou mais longe. Os Doodles se tornaram cada vez mais frequentes e interativos. Homenagens como o jogo do Pac Man, de 2010, e o super-jogo das Olimpíadas 2020 fazem sucesso na lembrança de internautas até hoje.

Apesar de reconhecer que os Doodles interativos são os que mais engajam os usuários, os Doodles favoritos de Perla Campos, Gerente de Marketing de Produto da empresa, são aqueles com os quais as pessoas se identificam. "Medimos o sucesso ao ver quantos emojis de choro foram gerados", afirma. "Mas apenas lágrimas de felicidade".

Ela confessa que seu Doodle favorito foi o de Selena Quintanilla, cantora, compositora e produtora musical de ascendência mexicana, espanhola e indígena cherokee. "Nosso objetivo é garantir que as pessoas sejam vistas, ouvidas e valorizadas. E que possam se reconhecer na página do Google", explica. Campos é filha única de mãe solo imigrante mexicana e foi a primeira de sua família a concluir o ensino superior e obter um diploma de graduação.

Durante o processo de criação de cada Doodle participam ilustradores, designers e engenheiros de dados. Cada projeto demanda um tempo diferente, que varia de horas a meses —como foi o caso do game de Olimpíadas 2020. "Já que os Jogos foram adiados, ganhamos tempo", diz Yu. Uma pessoa demoraria pelo menos três horas para completar todas as fases do jogo.

A diversidade não está apenas nos homenageados pelos Doodles, mas também pela equipe de produção. "Nada é feito para nós sem nós", diz Campos. Ela explica que fazem questão de que os ilustradores, engenheiros de dados e consultores também representem a demografia do país.

Logo do Google com onça-pintada, arara azul e flores formando a bandeira do Brasil
Doodle do Google celebra o dia da Independência do Brasil em 2015 - Google/Reprodução

Gostaria de ser homenageado na página inicial do Google? Infelizmente, você vai precisar morrer primeiro. "Não fazemos Doodles de pessoas vivas e não fazemos Doodles de propaganda", diz Jessica Yu. Nada de Doodles promovendo filmes, músicas ou artistas vivos, portanto.

Um projeto em andamento há tanto tempo precisa sempre de ideias. E, caso você queira, pode contribuir. A equipe de Jessica e Perla recebe propostas em doodleproposals@google.com.

E você? Qual seu Doodle favorito? Relembre as publicações aqui e conte nos comentários.

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