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Bolsonaro no JN gera duelo de hashtags nas redes

Enquanto apoiadores do presidente defendiam manipular audiência de programa, críticos incentivavam panelaços

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Florianópolis

A entrevista de Jair Bolsonaro (PL) ao Jornal Nacional nesta segunda-feira (22) polarizou o debate nas redes sociais. Enquanto boa parte dos apoiadores do presidente buscaram demonstrar força e organização usando a hashtag #BolsonaroNoJN, críticos do chefe do executivo se uniram principalmente sob o insultuoso #MENTIROSO NO JN e estimularam a participação em panelaços.

Ao longo da entrevista, Presidente, #globolixo, e Bozo foram alguns dos outros termos alçados aos "trending topics", os assuntos mais comentados no Twitter.

O presidente foi o primeiro a participar da série de entrevistas do telejornal e falou por cerca de 40 minutos. Bolsonaro mentiu ao ter afirmado que nunca xingou ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), voltou a levantar dúvidas sobre a segurança das urnas eletrônicas e disse que respeitaria o resultado das eleições se forem "limpas".

Ao longo do dia, bolsonaristas convocaram outros apoiadores para assistir ao programa e passaram a se referir à entrevista pelo termo "globociata", em referência aos tradicionais passeios de moto promovidos pelo presidente.

Segundo eles, a estratégia seria fazer com que apoiadores do presidente promovessem um pico de audiência durante a exibição da entrevista e desligassem os televisores logo depois, promovendo uma queda abrupta de telespectadores. Assim, demonstrariam a força da base de apoio de Bolsonaro e fariam com que a Globo, alvo constante de críticas dos bolsonaristas, sentissem o "gosto da direita".

Pela relevância do programa e pelo potencial de audiência, auxiliares do presidente esperavam que a sabatina pudesse ser um marco para alavancar o crescimento nas pesquisas. Havia a expectativa, inclusive, de que fosse alcançada a maior audiência da história do JN.

Bolsonaristas também esperavam ver uma atitude firme e agressiva do presidente, resgatando a figura do "Mito" e suas "mitadas" -- as declarações efusivas que foram importantes para a eleição de Bolsonaro em 2018 por alcançarem grande repercussão nas redes.

Já entre os críticos de Bolsonaro, havia a expectativa de que a entrevista, realizada ao vivo, pudesse expor ainda mais o chefe de Executivo à sua rejeição nas redes sociais. Através de hashtags que tratavam o presidente com termos pejorativos como "mentiroso" e "burro", eles estimularam a participação em panelaços que ocorreriam de forma simultânea à entrevista.

Grandes cidades do país registraram as manifestações, como São Paulo, Rio e Salvador, embalados por gritos de "Fora, Bolsonaro" e "genocida".

Entre os detratores do presidente, houve também elogios à condução da sabatina pelos jornalistas William Bonner e Renata Vasconcellos.

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