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Redes criticam Bolsonaro e ex-ministros por crise de saúde em território Yanomami

Usuários do Twitter chamam situação de "genocídio" e cobram responsabilidade da gestão do ex-presidente

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São Paulo

A divulgação de imagens da crise de saúde no território Yanomami na manhã deste sábado (21) provocou indignação entre usuários das redes sociais. Região com 30 mil habitantes em Roraima, a terra indígena tem atualmente crianças e idosos em estado grave de saúde, principalmente com desnutrição grave, malária e infecções respiratórias. A situação levou o Ministério da Saúde a decretar estado de emergência na sexta (20).

As fotos que circularam pela redes mostram crianças, adultos e idosos indígenas macérrimos, muitos com as costelas marcadas na pele. No Twitter, o termo Yanomami foi publicado mais de 76 mil vezes durante o dia. A maioria das mensagens acusava o governo de Jair Bolsonaro (PL) de provocar um desmonte na assistência dada aos yanomami. Alguns chamavam a situação de "genocídio" ou "etnocídio".

Tuíte com fotos da crise humanitária Yanomami, em Roraima (@Karibuxi no Twitter)
Tuíte com fotos da crise humanitária Yanomami, em Roraima - Reprodução/Twitter (@Karibuxi)

Além do ex-presidente, Damares Alves, ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, e Ricardo Salles, ex-ministro do Meio Ambiente, estiveram entre os nomes mais citados. O nome de Damares apareceu em mais de 11 mil posts durante o dia.

Alguns usuários comparam emergência de saúde em Roraima com o Holocausto. Os termos "genocídio" e "etnocídio" também foram usados para classificar a situação dos indígenas.

Após o governo federal ter declarado emergência de saúde pública no território yanomami, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou neste sábado (21), em Boa Vista, que oferecerá auxílio aos habitantes da região e irá combater o garimpo ilegal na região.

A terra yanomami tem 20 mil garimpeiros invasores, segundo estimativas de associações de indígenas. O garimpo explora o ouro ilegalmente, por meio de equipamentos e logística assegurados por grupos criminosos que atuam na região.

As invasões tiveram uma explosão no governo Bolsonaro, que promoveu atos para estimular a mineração nesses territórios. No fim do ano passado, por exemplo, o general Augusto Heleno, então chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), autorizou a exploração de ouro numa área de 9,8 mil hectares vizinha à Terra Indígena Yanomami, em Roraima. A informação foi revelada pela Folha.

A exploração dos minérios é vetada pela Constituição nos moldes como é praticada e como foi estimulada. O governo Lula (PT) fez a promessa de retirar garimpeiros invasores de terras indígenas.

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