Após prometer durante a campanha aumentar o valor das bolsas para pesquisadores com financiamento da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), o governo Lula "começou mal", afirmam nas redes bolsistas atingidos por atraso do pagamento.

Nesta terça-feira (7), "CNPq" está entre os assuntos mais comentados no Twitter, com postagens em que bolsistas afirmam não ter recebido o valor da bolsa, além de afirmaram que o reajuste prometido para janeiro tampouco foi depositado.

Com contrato de dedicação exclusiva firmado com as agências de fomento, os pesquisadores, tanto da Capes quanto do CNPq, dependem das bolsas. Para quem faz iniciação científica, o valor da bolsa CNPq é R$400,00 mensais; para mestrandos e doutorandos, é de R$1.500,00 e R$2.200,00, respectivamente.

Em seu perfil pessoal, Ricardo Galvão, novo diretor do CNPq, publicou que o atraso aconteceu devido a trâmites burocráticos de transição da documentação para a nova gestão, mas que os recursos estão garantidos. "Estamos tentando agilizar o processo para fazer os depósitos o mais rápido possível. Agradeço sua compreensão", finalizou.

O CNPq também emitiu uma nota, publicada em sua conta no Twitter.

A Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) também se manifestou na plataforma.

As explicações, contudo, demoraram a vir, somando-se ao atraso nos pagamentos. Bolsistas criticaram também a falta de comunicação entre os órgãos federais e os pesquisadores. Além disso, também apontam para a aparente contradição entre ausência do reajuste, atraso mal explicado e o discurso de valorização da ciência nacional.