#Hashtag

Mídias sociais e a vida em rede

#Hashtag - Interação
Interação
Descrição de chapéu Games

Jogando 'Hogwarts Legacy', streamer arrecada doações para projetos de apoio à comunidade trans

Com lives do game oriundo da saga 'Harry Potter', iniciativa de Wanessa Wolf já doou R$ 20 mil

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

Na mistura entre expectativa e boicote o aguardado videogame "Hogwarts Legacy", mais um produto oriundo da saga "Harry Potter", de J.K Rowling, é lançado no Brasil nesta sexta-feira (10).

Nas redes, o RPG desenvolvido pela Avalanche Software está há dias entre os assuntos mais comentados, pois ao passo que é o "sonho de infância realizado" para alguns, para outros envolve uma questão ética, que extrapola o universo bruxo: os recentes posicionamentos da autora inglesa considerados transfóbicos.

Há quem defenda o boicote não só de "Hogwarts Legacy", mas de tudo que envolve J.K Rowling; há também quem deboche da iniciativa.

A streamer Wanessa Wolf, por sua vez, seguiu por outro caminho. Transmitindo ao vivo sua experiência jogando "Hogwarts Legacy", ela tem usado suas plataformas arrecadando dinheiro para projetos que auxiliam pessoas trans em situação de vulnerabilidade.

"Eu entendo e apoio as pessoas que querem boicotar tudo que venha da J.K Rowling, acho que o boicote é uma forma de militância válida também", conta Wolf em entrevista ao #Hashtag. "Porém, como meu trabalho demanda que eu jogue e meu público queria muito me ver jogar 'Hogwarts Legacy' (e eu também confesso que estava super curiosa, pois sou apaixonada pela temática RPG e magia), busquei uma forma de reduzir os danos que poderia causar dando visibilidade ao jogo", ressalta.

A iniciativa prosperou. Com um público majoritariamente LGBTQIA+ e aliados, como a própria Wanessa define, as lives em que a streamer mergulha em "Hogwarts Legacy" arrecadaram até o momento ao menos R$ 20.000, revertidos para a Casa Nem, no Rio, e a Casa Florescer, em São Paulo.

Mais interessante que o boicote, Wanessa acreditou que seria "levantar a bandeira, mostrar repúdio às declarações transfóbicas da autora e, para além disso, reverter toda essa visibilidade que o jogo dá para a causa de pessoas trans que estão precisando de amparo."

Embora nunca tenha sido fã da saga "Harry Potter", ela conta que está "viciada" em "Hogwarts Legacy". O game, do tipo "RPG de mundo aberto", em que jogadores criam personagens únicos e têm a liberdade de transitar pelo mapa, vem movimentado as redes com críticas positivas e vídeos em que os primeiros jogadores da nova franquia exaltam sua jogabilidade.

Embora RPGs possam ser divertidos de jogar, assistir pode ser enfadonho. Wanessa afirma que, no caso de "Hogwarts Legacy", não é nada disso. "É um caso a parte", explica, "pois é de uma saga de sucesso e muita gente gosta pela nostalgia e pela curiosidade de saber como estou me saindo no gameplay."

Os dados corroboram sua percepção. Na Twitch, plataforma popular para transmissões de games, as lives de "Hogwarts Legacy" chegaram a ter um 1 milhão de espectadores, de acordo com o portal especializado Adrenaline. Ainda segundo o site, na Steam foram cerca de 280 mil jogadores simultâneos quando estava disponível somente para aqueles que compraram o game antecipadamente.

Abaixo, veja outras postagens a respeito do game e das discussões acerca de J.K Rowling:

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.