Em entrevista recente à Revista Veja, o jornalista e diretor James Akel defendeu sua candidatura à cadeira número oito na Academia Brasileira de Letras (ABL) sob justificativa de que ele seria mais apropriado do que o concorrente Mauricio de Sousa porque "gibi não é literatura".
O autor e cartunista criador da "Turma da Mônica" anunciou candidatura pela mesma cadeira em 15 de março, e angariou apoio nas redes sociais. Na carta em que oficializou sua inscrição, Mauricio de Sousa disse que gostaria de formar novos leitores e aproximar a sociedade dos clássicos da literatura por meio dos quadrinhos.
Akel já havia desdenhado da candidatura de Sousa em entrevista à Folha em 23 de março. "[Ele] não tem o que acrescentar à ABL, eu tenho". Segundo o autor, uma possível eleição do cartunista significaria "o fim da literatura escrita nos livros".
O jornalista afirma que decidiu se candidatar após ver a carta de inscrição do oponente, que dizia que "quadrinhos são literatura pura", o que o teria enraivecido. "Histórias em quadrinhos estão no campo do entretenimento, não da educação, como ele defende", disse em entrevista à Veja.
Nas redes sociais, internautas saíram em defesa do papel do gibi na formação de leitores e na importância da Turma da Mônica em suas infâncias:
Patrimônio nacional.
Conhece?
Tem livro também!
"Se enxelga".
"Não é digno do fardão".
O jornalista é autor do livro "Marketing Hoteleiro com Experiências" (Edicon, 2001).
O plano infalível não deu certo, mais uma vez.
É ou não é?
Segundo apurou a coluna de Mônica Bergamo, Mauricio de Sousa tornou-se favorito à vaga após ter tido a candidatura desdenhada por Akel e o debate ter ganhado repercussão nacional e internacional nas redes sociais.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.