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América Latina

Campanha conduzida por inteligência artificial no México pode marcar nova era na política

Vídeo da senadora mexicana Xóchitl Gálvez feito por meio da tecnologia viralizou

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Manaus

O ano de 2023 ficará marcado na história como o da ascensão e massificação da inteligência artificial após o estouro do ChatGPT, da OpenAI, disponibilizado no final de 2022 ao público geral.

E a eleição presidencial no México, a ser realizada em junho de 2024, poderá ser lembrada como a primeira em que a inteligência artificial impactou a disputa.

Isso porque um vídeo produzido por IA viralizou recentemente --e ainda estamos a um ano do pleito.

No vídeo, a senadora mexicana Xóchitl Gálvez, que desponta como uma das principais candidatas da oposição à Presidência, rebate fala de Claudia Sheinbaum, a favorita do atual presidente Andrés Manuel López Obrador, que havia dito que "não é qualquer uma que pode ser presidente", em referência a Gálvez.

"Claudia me disse que não é qualquer mulher que pode ser presidente. E tem razão. Não pode quem não tem condições, quem necessita ser ajudada, não pode quem finge ser quem não é, não pode quem não crê, não pode quem pensa em ganhar sem pensar em competir, não pode quem não sonha, não pode quem não tem um propósito", afirmou a senadora.

"Você disse que não pode à pessoa errada, me chame de louca, me chame de índia, me chame de teimosa, mas nunca me diga que não posso", completou.

O vídeo, produzido por apoiadores de Gálvez, pode soar um pouco rudimentar. Não é a melhor obra de inteligência artificial já criada. No entanto, ela é poderosa na mensagem e, principalmente, no prenúncio de como essa ferramenta deverá ser usada em campanhas presidenciais daqui para a frente.

Jornais mexicanos chegaram a cravar que é a "campanha conduzida por inteligência artificial". Depois desse episódio, o nome de Gálvez disparou nas pesquisas no Google, o que a torna cada vez menos outsider.

Os deepfakes [vídeo manipulados] estão por aí há um tempo. Mas sempre foi muito custoso e demorado fazer um vídeo. No Brasil, o jornalista Bruno Sartori foi um dos que se destacou, com vídeos do presidente Jair Bolsonaro.

Mas ele era exceção. O que a inteligência artificial permite é a massificação desse uso. Para produzir, ninguém precisa mais entender de aprendizado de máquina, como Sartori. Basta ter a ideia e dar os comandos corretos para o gerador de imagem trazer o resultado.

As implicações disso são imprevisíveis. Outras campanhas políticas irão fazer? Opositores irão atacar adversários? Se o mundo político na era das fake news já era incontrolável, podemos estar entrando numa era ainda mais tenebrosa.

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