Uma publicação no X (antigo Twitter) desencadeou uma série de denúncias sobre o atendimento médico prestado a mulheres com problemas de saúde durante a gestação. De humilhações a omissão de socorro, relatos jogam luz sobre comportamentos dos profissionais da saúde.
Tudo começou com o relato do perfil @daniduncan, que compartilhou a história testemunhada pela sua mãe. "Minha mãe que é assistente social já me disse que há relatos de mulheres grávidas que, ao buscarem atendimento médico por dores, são acusadas indiciadas por suspeitas de aborto. a mulher passa por um aborto espontâneo e precisa responder na justiça. como isso pode ser considerado normal?", questionava o perfil.
A partir da postagem, diversas mulheres falaram sobre suas próprias experiências ou histórias de parentes e conhecidos. Todas com semelhanças entre si:
Outros relatos abordam a mesma falta de empatia e discriminação.
Em outro caso, a usuária do perfil @CarterBarbosa, afirma ter sofrido humilhação logo após saber que estava sofrendo um aborto. "Sofri um aborto espontâneo a alguns meses e assim que a médica me informou que eu estava sofrendo um aborto se virou pra colega e começou a conversar e rir normalmente enquanto eu chorava na frente delas, na hora da curetagem comecei a chorar muito".
Já o perfil @alineadeli conta ter ouvido ser "melhor" a perda da criança, que nasceria como um "monstrinho" segundo as palavras do médico. "O médico teve a coragem de olhar na minha cara e dizer que tinha sido melhor eu perder mesmo, porque se fosse nascer seria um "monstrinho" todo deformado. Não passou pela cabeça dele que eu tava sofrendo e que ia sofrer nos próximos meses? Ninguém tem sensibilidade…".
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