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No Twitter, resposta de Netanyahu a Lula concentra debate sobre Guerra Israel-Hamas

Usuários brasileiros com diferentes posições respondem ao primeiro-ministro com memes, ofensas, críticas e pedidos de desculpas

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São Paulo

A resposta do primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, no X (antigo Twitter), à fala do presidente Lula (PT) comparando as ações na Faixa de Gaza ao Holocausto provocou reações de brasileiros na rede, que usaram a postagem para xingar ou apoiar Bibi, criticar ou defender o posicionamento de Lula, além de expressarem apoio ou a Israel ou aos palestinos em meio a guerra.

A publicação de Netanyahu, assim, concentra a repercussão do assunto na rede social. A comparação feita por Lula, que tornou o presidente brasileiro "persona non grata" para Tel Aviv, pautou as discussões e os trending topics na plataforma neste domingo (18) e continua dominando o ranking na manhã desta segunda (19).

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu - Ronen Zvulun/Reuters

A reação desencadeada pela fala de Lula fez com que "Israel" ultrapassasse 2 milhões de citações no Twitter, seguido por "Gaza" com 1,7 milhões, "Hamas" com 638 mil, "Holocausto" com 231 mil. Já o nome do presidente do Brasil foi citado 1,3 milhões de vezes na plataforma. No topo das tendências no Brasil nesta manhã, estão as expressões "Relações Exteriores de Israel" e "Persona Non Grata".

Opositores de Lula, incluindo perfis declaradamente de extrema-direita, estiveram entre a maioria dos que reforçaram a fala de Netanyahu, criticando o mandatário brasileiro.

Alguns deles utilizaram um trecho de uma entrevista de Lula à Playboy em 1979, frequentemente recirculada durante campanhas eleitorais, para associá-lo ao nazismo.

Em outro caso, uma foto da primeira prisão de Lula, durante a ditadura, no Dops de São Paulo, foi usada em tom irônico, ressoando outros tuítes que o chamavam de criminoso.

Mas também houve quem apoiasse as falas de Lula. Nestes casos, o discurso geralmente veio imbuído de acusações de genocídio direcionadas ao estado de Israel, e especialmente ao primeiro-ministro.

Por fim, não faltaram trolls, que aproveitaram as mensagens traduzidas e o fluxo intenso de usuários para deixar pegadinhas em hebraico ou mesmo fazer "piadocas". Netanyahu foi alvo de uma enxurrada de memes brasileiros com ofensas e críticas diversas.

Sobrou até para o ex-jogador de futebol Vampeta: entre a avalanche de respostas, vez ou outra figurava algum tuíte com fotos do ensaio nu que o atleta fez no final dos anos 1990.

Outra publicação que desencadeou uma chuva de memes foi a do usuário Rafael Gloves que, ao compartilhar vídeo do discurso de Netanyahu, ventilou a possibilidade do Brasil ser alvo de sanções.

Em resposta, internautas não se mostraram preocupados com a possibilidade e debocharam do que o país do Oriente Médio poderia fazer para punir o Brasil.

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