Maternar

No blog, as mães Havolene Valinhos e Tatiana Cavalcanti abordam as descobertas do início da maternidade

Maternar - Havolene Valinhos e Tatiana Cavalcanti
Havolene Valinhos e Tatiana Cavalcanti
Descrição de chapéu internet maternidade

Apenas 2 em cada 10 pais usam ferramentas para controlar filhos na internet

Pesquisa mostra que quanto mais velha, menos supervisão tem a criança para navegar

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

Apenas dois em cada dez pais utilizam mecanismos de controle parental disponíveis para monitorar a navegação dos filhos na internet. É o que mostra a pesquisa do Google encomendada à Nielsen sobre hábitos de crianças e adolescentes na internet e controle parental online, divulgada nesta quinta-feira (17).

Segundo o levantamento, apenas 17% dos pais utilizam ferramentas online de controle, como o Family Link, por exemplo; 49% monitoram ao vivo a utilização, e 43% checam o histórico de navegação dos filhos. Bloqueio de conteúdos e de sites é a escolha de 57% e 56% dos pais, respectivamente.

Vários jovens em pé olhando fixamente para a tela do celular
Quanto mais velho, menos supervisão dos pais há para navegar na internet - Drazen - Adobe Stock

Bruno Diniz, engenheiro responsável pela área de Crianças e Famílias no Google Brasil, afirma que a empresa visa proteger, respeitar e empoderar as crianças para absorver o que há de melhor na internet, porém reconhece que número de pais que conhecem a ferramenta por eles oferecida é bem baixo.

"Nossa aposta é dar flexibilidade para as famílias poderem configurar como elas gostariam que a vida digital dos filhos e filhas aconteça", diz.

Para Diniz, é preciso empoderar as crianças para que saibam fazer as melhores escolhas e tenham acesso apenas ao que há de melhor dentro das plataformas.

Na pesquisa, o cuidado dos pais é maior entre os que vivem no Norte e Nordeste, onde 63% responderam que supervisionam de perto a ação dos filhos. No Sudeste, a porcentagem é de 59%, no Centro-Oeste, 54% e no Sul, 58%.

O levantamento mostrou também que 78% dos filhos têm celular próprio. Esse número é maior no Sudeste e entre as classes A e B.

Sobre o tempo de exposição às telas, 34% dos pais ouvidos disseram que os filhos ficam entre 1 e 2 horas por dia, 24% responderam 3 horas ou mais, 19% disseram que os filhos usam de 30 minutos a uma hora por dia e 11% responderam 6 horas por dia ou mais.

Entre os 5 e os 8 anos, as crianças se interessam mais por jogos, vídeos e séries e não usam redes sociais nem aplicativos de mensagem. Entre os 9 e os 12, as crianças ainda buscam jogos, mas ampliam sua navegação para realizar pesquisas para as tarefas escolares.

Crianças olham fixamente para telas de celular, que cobrem seus rostos
2 em cada 10 pais usam ferramentas para controlar filhos na internet - Seventyfour- Adobe Stock

A mudança mais percebida no levantamento está na faixa dos 10 anos, quando as crianças ficam mais autônomas e presentes na internet. É nessa faixa, porém, que começa a cair a supervisão dos pais.

Segundo a pesquisa, o monitoramento dos responsáveis cai significativamente após os 13 anos em todas as situações avaliadas. É nessa faixa que mais de 70% já incorporam o uso das redes sociais e troca de mensagens em suas atividades online.

O acesso à internet é maior em casa (98%) e, quanto mais velhas, maior é o acesso da criança em locais fora da residência.

"A escolha por monitorar o filho de forma 'mais manual' é intrigante, mas as ações dos pais estão em sintonia com as funcionalidades oferecidas pelos aplicativos de controle parental", pontua Nathália Guimarães, especialista da área de Measurement da Nielsen,

"Estudos como este são bastante relevantes para a população ao ampliar a consciência sobre os comportamentos de consumo no meio digital e promover uma abordagem mais informada", explica.

O Google não descarta usar influenciadores digitais para alcançar mais jovens --uma vez que a pesquisa também mostrou que 33% dos pais prefeririam que pessoas com tamanha notoriedade entre os filhos ensinasse mais sobre segurança.

DICAS DE FERRAMENTAS:

Family Link: aplicativo que permite aos pais configurarem contas supervisionadas de seus filhos, com limites de tempo de tela, gerenciamento de aplicativos disponíveis nos dispositivos, acesso à localização, além do gerenciamento de como os dados da conta são usados.

Selo ‘Aprovado por professores’: aba dedicada a aplicativos avaliados e aprovados por educadores. Foram levados em consideração fatores como adequação à idade, estímulo ao aprendizado e o desejo de brincar por meio de atividades criativas, histórias ou jogabilidade inovadora.

Google Kids Space: Disponível para alguns tablets Android, traz aplicativos, livros e vídeos para crianças de até 9 anos.

SafeSearch: Recurso da busca que ajuda a detectar e desfocar imagens explícitas de nudez, conteúdo sexual explícito ou violência.

YouTube Kids: aplicativo separado desenvolvido desde o início para ser uma experiência mais segura e simples para as crianças explorarem, com ferramentas para pais e cuidadores guiarem a navegação.

Experiência Supervisionada do YouTube: quando os pais decidirem que seus filhos estão prontos para explorar o YouTube, eles podem configurar uma experiência supervisionada com configurações de conteúdo para pré-adolescentes e adolescentes. A experiência também inclui recursos como a desativação da reprodução automática, comentários e bate-papo ao vivo.

Seja Incrível na Internet: Programa que ajuda as crianças a navegarem com mais cuidado e confiança no mundo on-line, ensinando conceitos básicos de segurança e cidadania digital.

Turma da Mônica/Proteção aos Dados Pessoais: em parceria com a Maurício de Sousa Produções e com a ajuda dos personagens da Turma da Mônica, a revista estimula as crianças a navegarem de forma segura, com atenção à proteção de seus dados pessoais.

METODOLOGIA

A pesquisa foi realizada entre os dias 26 de junho e 7 de julho, e foram ouvidas 1.820 pessoas entre 18 e 65 anos, das classes A, B1, B2, C1, C2, D e E, com filhos entre 5 e 17 anos. 45% das crianças e jovens são do gênero feminino e 57% masculino. Entre os pais, 53% dos respondentes são mães e 47% são pais.

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.