Um consenso entre especialistas na área de odontologia é que a troca da escova dental deve ser feita a cada três meses, ou antes, se as cerdas perderem a forma original.
Porém, alguns estudos acadêmicos mostram que, apesar de essencial para a higiene bucal, a escova também carrega uma quantidade significativa de carga microbiana, podendo causar a retransmissão de algumas doenças.
Por isso, a orientação é trocá-la sempre que a criança ficar doente. "A imunidade das crianças está em formação e dependendo da resistência de cada organismo, fungos e vírus que ficam alojados na escova podem causar uma reinfecção", alerta a odontopediatra Nicole Arras.
A pediatra Jéssica Ventura ressalta que a chance de transmitir doenças é ainda maior quando as pessoas compartilham a escova ou armazenam os itens próximos, sem proteção --ações que são reprovadas por médicos.
A especialista destaca que há casos em que algumas bactérias podem aproveitar a queda de imunidade no corpo e ir para a circulação, acometendo órgãos distantes com pneumonia, alterações cardíacas, infecções e descompensação da diabetes, por exemplo.
Há casos, como o do sapinho, que se não há troca da escova, o fungo vai reinfectando a boca da criança, dificultando a melhora do paciente.
DICAS
Crianças não podem usar o mesmo creme dental que adultos. "A quantidade de flúor indicada para eles é de 1.000 a 1.100 ppm e o uso da pasta fluoretada deve ocorrer desde o nascimento dos primeiros dentes", orienta Nicole Arras.
Para saber se a pasta é a ideal, cheque a embalagem. As letras são minúsculas, mas a informação é importante para evitar toxicidade ou fluorose, aquelas manchinhas brancas no esmalte do dente ocasionada pela ingestão excessiva de flúor na infância.
"A medida de pasta para bebês que não sabem cuspir é de um grão de arroz cru, enquanto para crianças que já cospem a medida de pasta deve ter o tamanho máximo de um grão de ervilha", diz.
A profissional indica a escovação deve ser realizada 3 vezes por dia, acompanhadas do uso do fio dental, principalmente na escovação noturna.
"O único momento que gosto de indicar a pasta sem flúor é na escola, porque a criança não tem supervisão e não é possível saber a quantidade que colocarão", finaliza a odontopediatra.
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