O circuito Uphill é famoso entre os corredores que procuram uma dose extra de desafio. Realizados em regiões serranas do país, os eventos percorrem médias e longas distâncias em uma topografia, digamos, desafiadora. O próprio nome já é autoexplicativo. Em inglês, uphill significa "morro acima". E é isso que os corredores fazem nesses eventos. Eles sobem algumas das maiores pirambeiras do país.

O Uphill começou na Serra do Rio do Rastro (SC) há dez anos. Essa continua sendo a prova mais emblemática do circuito. Mas a repercussão foi tamanha que, aos poucos, novos eventos surgiram. Neste ano, a previsão é haver quatro etapas, das quais três já aconteceram: Serra dos Órgãos (no RJ, em julho), Rio do Rastro (em SC, em setembro) e Nova Friburgo (no RJ, em outubro). O fechamento do circuito está marcado para novembro, com uma meia-maratona no Corcovado. A prova, que acontece à tarde, permite que os atletas cheguem ao Cristo Redentor no pôr do sol. O esforço é grande, mas convenhamos que a recompensa vale a pena.

Em entrevista à Folha, Bernardo Fonseca, idealizador e organizador do circuito Uphill, afirmou que o circuito passará a ter seis etapas a partir do ano que vem, e ao menos uma das provas acontecerá no Estado de São Paulo.

"Vamos crescer organicamente o Uphill. Temos dez percursos mapeados para os próximos anos. Em 2023, a novidade é uma corrida na Serra do Mar, entre a baixada santista e São Paulo". O trajeto oficial, que ainda não foi divulgado, passaria pela Estrada Velha de Santos, fechada para o tráfego de veículos desde 1992. A prova paulista abriria o calendário do Uphill, em março.

A sexta etapa, ainda não confirmada, deve acontecer em Campos do Jordão (SP) ou na Serra do Piloto (RJ).