Na Corrida

Pé na estrada, mesmo quando não há estrada

Na Corrida - Rodrigo Flores
Rodrigo Flores
Descrição de chapéu atletismo

Inscrições para corridas de rua devem ficar mais caras em 2023, diz pesquisa

Metade dos organizadores planeja reajustar valores cobrados de atletas para compensar alta nos custos

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Rodrigo Flores
São Paulo (SP)

Não basta ter pernas fortes e pulmões de aço. Se quiser fazer bonito nas ruas e trilhas do país, o corredor precisará ter bolsos mais profundos em 2023. Segundo pesquisa feita pela TicketSports, maior bilheteira de eventos esportivos do Brasil, cerca de metade dos organizadores pretende reajustar os preços das inscrições no ano que vem.

A explicação está na alta dos custos. Praticamente todas as empresas que participaram da pesquisa afirmam que ficou mais caro organizar corridas neste ano. Além das despesas com folha de pagamento e outros gastos administrativos, o setor observou um crescimento generalizado nos preços praticados por fornecedores para a realização dos eventos.

Se as despesas cresceram, as receitas minguaram. Em 2022 houve queda no número de inscritos em boa parte das provas na comparação com o período pré-pandemia. Quem corre, sabe. Os pelotões de largada estão visivelmente menores. Para piorar, metade dos organizadores observou queda no investimento de patrocinadores. Se os kits não ficarem mais caros, a conta não fecha. Simples assim.

"2022 tem sido difícil, mas com semestres muito diferentes. Na primeira metade do ano ainda havia um cenário de incerteza. Já no segundo semestre estamos em um momento muito melhor e sentimos que as vendas chegaram a patamares próximos a 2019", afirma Daniel Krutman, CEO da TicketSports.

Atleta corre maratona em serra com montanhas ao fundo
Atleta corre maratona na Serra do Rio do Rastro, em Santa Catarina - Foco Radical/Divulgação

Otimismo

A recuperação do setor nos últimos meses do ano deixou os organizadores otimistas para 2023. Quatro em cada cinco empresas do setor acreditam que o próximo ano será melhor, e 57% acreditam que há espaço para crescer o número de eventos esportivos.

Para Krutman, o otimismo é saudável e bem-vindo, mas é preciso cuidado para que não deflagre um processo de canibalização. "O setor está muito machucado, e quer voltar a crescer. O risco é a criação de novos eventos que competem entre si, desorganizando o calendário".

A pesquisa da TicketSports ouviu 68 promotores e organizadores de eventos esportivos pelo país.

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