Novo em Folha

Programa de Treinamento

Novo em Folha - Editoria de treinamento
Editoria de treinamento
Descrição de chapéu jornalismo mídia

Site apresenta ferramentas para identificar propagadores de fake news eleitorais

Dicas podem ajudar a encontrar celebridades e empresários por trás de sites de cunho político

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Duque de Caxias (RJ)

O Global Investigative Journalism Network, associação internacional de ONGs que apoiam, promovem e produzem jornalismo investigativo, apresentou, em seu site, uma ferramenta e um método que podem desmascarar usuários, celebridades, políticos e empresários por trás de mensagens e sites que propagam fake news.

O conteúdo faz parte de um dos capítulos de um projeto desenvolvido pela associação para ajudar repórteres a cobrir eleições ao redor do mundo.

A primeira ferramenta elencada é o WeVerify Twitter SNA, da Invid, que foi financiada pela União Europeia e feita em colaboração com organizações de mídia. Com o software, é possível mapear e criar gráficos sobre tuítes que estejam tratando de assuntos políticos.

Imagem mostra, em primeiro plano, um cubo com a logo do Twitter em cada um dos lados. A logo é composta pela silhueta de um pássaro branco e um fundo azul. Atrás do cubo, há vários desenhos do pássaro do Twitter, misturados em um fundo azul.
Ilustração com logo do Twitter - Reuters

A partir de um termo inserido na aba de busca e o período de tempo selecionado, o WeVerify Twitter SNA indica quem impulsionou determinada narrativa, além de listar as organizações e sites que se beneficiaram daquilo.

A partir do termo inserido, a ferramenta é capaz de criar vários tipos de gráficos e linhas do tempo de propagação de algum assunto. Além disso, lista os 20 usuários mais retuitados, os 20 mais ativos e os 20 mais mencionados, o que pode ser capaz de desmascarar trolls, influenciadores, bots, celebridades e líderes populistas.

Também é possível visualizar um mapa de calor, que identifica bots, e saber os 25 sites mais compartilhados em publicações que utilizam a palavra-chave usada na pesquisa.

Para ter acesso ao software, repórteres precisam se cadastrar e usar um email que seja vinculado a algum veículo de imprensa ou organização de pesquisa. Essa exigência visa afastar usuários que não são profissionais de comunicação.

A ferramenta pode ser menos útil para países onde o Whatsapp, o Facebook ou o Telegram são mais usados por eleitores do que o Twitter.

Outras desvantagens são a impossibilidade de baixar alguns dos tipos de gráficos e a quantidade enorme de dados que podem ser captados de uma só vez (até 15 mil tweets), o que exige uma filtragem mais precisa.

Junto com o WeVerify Twitter SNA, a associação apresenta também o método UA/PUB, que é capaz de identificar indivíduos anônimos por trás de sites que espalham informações falsas.

Isso é possível porque a maioria dos detentores desses endereços online usam ferramentas como o Google AdSense, que preenche o site com anúncios, e o Google Analytics, que monitora o desempenho do site.

Para usar esses serviços, é necessário adicionar um código simples e único, que normalmente é usado para vários sites e por uma mesma pessoa —assim o Google sabe para quem enviar o dinheiro e os dados gerados.

Dessa forma, os repórteres podem recorrer a plataformas como BuiltWith, SpyOnWeb ou DNSlytics, todas gratuitas, para inserir os códigos e ver quais são os outros sites ligados ao proprietário.

A mesma tática pode ser usada para sites que já foram desativados. Instalando o Wayback Machine Browser Extension, é possível receber notificações durante as buscas que mostram que existem arquivos sobre sites antigos ligados àquele código.

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.