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Cobertura de audiência de Trump contou com estudantes de ensino médio

Emissora norte-americana armou plano com jovens locais para ganhar tempo e superar proibição de eletrônicos no tribunal

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Para noticiar com rapidez os acontecimentos da audiência de Donald Trump na última terça-feira (13), a emissora norte-americana CNN contou com inusitados assistentes de produção. A equipe de reportagem contratou estudantes de ensino médio para criar um plano que superasse a dificuldade imposta pela proibição de eletrônicos no tribunal.

O ex-presidente dos EUA, Donald Trump durante comício em Nova Jersey.
O ex-presidente dos EUA, Donald Trump durante comício em Nova Jersey. - REUTERS

Na véspera da audiência que tornou o ex-presidente dos Estados Unidos réu pela segunda vez em dois meses, um dos produtores da CNN entrou em contato com uma ex-professora do colégio onde havia estudado, em Miami. Ele queria convidar alguns alunos do programa de produção de televisão da escola para ajudar a agilizar a cobertura dos acontecimentos.

Dentro de uma sala do tribunal, duas repórteres da emissora registraram os principais pontos da audiência em blocos de notas. As páginas foram levadas por alguns dos estudantes a um colega estrategicamente posicionado em um dos dois telefones públicos do tribunal.

Como o telefone permitia apenas ligações locais, o aluno telefonou para o próprio número de celular —que estava em um trailer da equipe da CNN próximo ao tribunal— e ditou as anotações das repórteres.

No trailer, um diretor da CNN digitou a reportagem e a retransmitiu para o escritório do veículo em Washington, DC, de onde as informações foram repassadas para a sala de controle e para a rede em geral.
Com o plano, a CNN conseguiu ser a primeira rede de notícias a relatar que Trump estava sob custódia e que havia se declarado inocente em relação às 37 acusações que recebeu.

A estratégia levantou discussão sobre a falta de transparência dos tribunais nos EUA, que não contam com transmissões, gravações em áudio ou linhas telefônicas. Para o analista jurídico da CNN Elie Honig, as proibições demonstram um caráter antiquado dos tribunais federais. "Nós temos o direito de ver [os procedimentos]", disse ele ao correspondente Jake Tapper.

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