​A Argentina de Messi já estava classificada. Portugal de Cristiano Ronaldo obteve a vaga nesta semana, ao superar a zebra Macedônia do Norte, que eliminara a Itália.

Assim, os jogadores de maior cartaz (ainda) no futebol mundial disputarão, salvo uma contusão, a Copa do Mundo no Qatar, que começa no dia 21 de novembro.

Já veteranos mas ainda em boa forma, Messi, 34, e Cristiano, 37, farão assim parte de um grupo bem reduzido de jogadores que estiveram em cinco Mundiais masculinos da Fifa.

Até hoje, só quatro futebolistas foram a essa quantidade de Copas, sendo dois deles goleiros.

São eles o meia alemão Lothar Matthäus, capitão da seleção campeã na Itália, em 1990, que também esteve presente em 1982, 1986, 1994 e 1998; o zagueiro mexicano Rafa Márquez (2002, 2006, 2010, 2014 e 2018), e os goleiros Antonio Carbajal, compatriota de Márquez (1950, 1954, 1958, 1962 e 1966), e Gianluigi Buffon, campeão com a Itália na Alemanha, em 2006, e que esteve nos Mundiais de 1998, 2002, 2010 e 2014.

A diferença entre esses quatro é que Matthäus, Márquez e Carbajal entraram em campo em cada uma das edições para a qual foram convocados; Buffon, na França, em 1998, ficou na reserva em todas as partidas da Squadra Azzurra.

Titulares incontestes em suas seleções, Cristiano Ronaldo e Messi não serão os únicos novos membros do Clube dos Cinco –definição minha para quem participa de cinco Copas– ao irem ao Qatar.

O México, que assegurou sua vaga nesta quarta (30) ao derrotar El Salvador por 2 a 0, terá mais dois jogadores, além de Márquez e Carvajal, nesse clube.

Certamente o goleiro Guillermo Ochoa, 36, e o volante Andrés Guardado, 35, serão convocados pelo treinador Gerardo "Tata" Martino para o primeiro Mundial no Oriente Médio.

Ochoa, famoso por fechar o gol no jogo contra o Brasil na primeira fase da Copa de 2014 (0 a 0 em Fortaleza), é titular, assim como o capitão Guardado. Ambos foram aos torneios a partir de 2006.

Guardado caminha para ser o mexicano a vestir mais vezes a camisa da seleção mexicana. São 173 jogos. Mais que ele, só o ex-zagueiro Claudio Suárez (177).

Cristiano Ronaldo e Messi já detêm esse posto em suas respectivas seleções, sendo também os artilheiros de cada uma.

No Qatar, Messi também poderá registrar um outro recorde em Mundiais.

Caso ele dispute sete partidas, ultrapassará Matthäus como o jogador a atuar mais vezes em uma Copa.

Para isso, a Argentina precisa chegar às semifinais, o que lhe assegura o direito de um jogo a mais, seja a final ou a disputa do terceiro lugar.

O supercraque argentino já jogou 19 partidas, seis a menos que o alemão, e tem chance de chegar a 26.

Mesmo que não consiga, Messi tem tudo para passar outro mito do futebol argentino. Diego Armando Maradona, morto em 2020, atuou em 21 partidas, divididas em quatro Copas (1982, 1986, 1990 e 1994). ​

Afora os atletas mencionados, haveria mais um que poderia integrar o Clube dos Cinco. Frisem-se os condicionais: haveria e poderia. Pois não acontecerá.

O zagueiro espanhol Sergio Ramos, 36, campeão na África do Sul-2010, tem quatro Mundiais no currículo. Porém ele está totalmente fora dos planos do técnico Luis Enrique, que aposta em uma nova geração para o setor.

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Em tempo: Em Copas do Mundo femininas, a recordista de participações é uma brasileira. A volante Formiga (Miraildes Maciel Mota) participou das edições de 1995, 1999, 2003, 2007, 2011, 2015 e 2019. Sete Mundiais. Despois dela vem a meia-atacante japonesa Homare Sawa, já aposentada, que esteve em seis Copas.