O Mundo É uma Bola

O Mundo É uma Bola - Luís Curro
Luís Curro
Descrição de chapéu Futebol Internacional

Adversário do Fluminense no Mundial é o Real Madrid da África

Com folga o maior ganhador da Champions continental, Al Ahly, do Egito, disputa a competição da Fifa pela nona vez

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Adversário do Fluminense nesta segunda (18), em Jiddah, por uma vaga na decisão do Mundial de Clubes disputado na Arábia Saudita, o Al Ahly pode ser considerado "o Real Madrid africano".

A comparação do clube egípcio com o espanhol baseia-se na hegemonia de cada um no principal campeonato de cada continente.

O Al Ahly, com folga, é o maior ganhador da Champions League da África. Venceu a competição, que dá ao campeão o direito de participar do Mundial, 11 vezes –e foi vice-campeão em outras cinco.

Quem mais se aproxima do Al Ahly são o Zamalek (outro time do Egito) e o Mazembe, da República Democrática do Congo, que ganhou fama no Brasil ao eliminar o Internacional na semifinal do Mundial de 2010. Os dois clubes somam, cada um, cinco Ligas dos Campeões da África.

Jogadores do Al Ahly, do Egito, festejam diante da torcida no estádio Rei Abdullah, em Jiddah, depois da vitória sobre o Al Ittihad no Mundial de Clubes
Jogadores do Al Ahly, do Egito, festejam com a torcida no estádio Rei Abdullah, em Jiddah, depois da vitória sobre o Al Ittihad no Mundial de Clubes - Amr Abdallah Dalsh - 15.dez.2023/Reuters

Na Europa, o maior papa-títulos da mais famosa Champions League do mundo é o gigante Real Madrid, que chegou ao topo da região 14 vezes. O Milan faturou a taça em sete ocasiões, e Bayern de Munique e Liverpool, em seis.

Se o Fluminense é estreante em Mundial, o Al Ahly tem muita experiência no torneio que é organizado pela Fifa desde 2000 e está em sua 20ª edição.

Esta é a nona participação da equipe sediada no Cairo, que só não marcou mais presença do que o Auckland City (11), da Nova Zelândia.

A agremiação egípcia, entretanto, jamais chegou à decisão. Sua melhor posição foi o terceiro lugar, obtido em 2006 (quando caiu ante o Inter de Clemer, Fernandão, Iarley e Alexandre Pato), em 2020 (derrota para o Bayern) e em 2021 (batido pelo Palmeiras de Abel Ferreira).

O Al Ahly chega para o duelo com o Fluminense com uma invencibilidade de nove partidas (quatro vitórias e cinco empates) e tendo passado pelo local Al Ittihad, do astro francês Benzema, nas quartas de final.

Em busca de seu maior sucesso, o time africano aposta primordialmente em atletas do próprio país. Dos 23 inscritos no Mundial, 19 são egípcios.

As exceções, o lateral esquerdo Maâloul (Tunísia), o atacante Tau (África do Sul), o volante Dieng (Mali) e o atacante Modeste (França) –os dois primeiros foram titulares contra o Al Ittihad, e o tunisiano fez um gol, de pênalti.

Modeste, 35, que atuou dez temporadas no futebol alemão, será desfalque diante do Fluminense porque, quatro minutos depois de entrar no jogo das quartas de final, foi expulso.

Anthony Modeste, do Al Ahly, tenta argumentar com o árbitro ao ser expulso nas quartas de final do Mundial de Clubes de 2023
Anthony Modeste, do Al Ahly, ao ser expulso pelo árbitro Jesús Valenzuela nas quartas de final do Mundial de Clubes de 2023, na Arábia Saudita - Amr Abdallah Dalsh - 15.dez.2023/Reuters

Essa é uma breve radiografia da equipe que o tricolor carioca tentará desbancar para manter viva a esperança se ser o primeiro campeão mundial brasileiro desde o Corinthians, em 2012. Falharam depois disso Atlético-MG (2013), Grêmio (2017), Flamengo (2019 e 2022) e Palmeiras (2020 e 2021).

Quem passar de Fluminense x Al Ahly enfrentará o vencedor de Manchester City (da Inglaterra, atual campeão europeu) x Urawa Red Diamonds (do Japão, atual campeão asiático), que jogam na terça-feira (19).

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.