O Mundo É uma Bola

O Mundo É uma Bola - Luís Curro
Luís Curro

Brasil sem prestígio: Ancelotti revela que seleção brasileira era 2ª opção

Treinador italiano admite contato com a CBF e afirma que acerto dependia de não renovar com o Real Madrid

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Carlo Ancelotti, 64, falou pela primeira abertamente vez sobre a possibilidade de comandar a seleção brasileira.

E seu discurso traz a conclusão de que o Brasil, pelo menos na visão do próprio, não tem o prestígio de outrora: virou segunda opção.

O treinador italiano do Real Madrid admitiu que teve conversas com a direção da CBF (Confederação Brasileira da CBF) e que foi convidado, porém declarou que o acerto dependia do Real Madrid.

Para bom entendedor, a mensagem é esta: Ancelotti toparia assumir a seleção brasileira, desde que o Real não quisesse estende o contrato que tinha com ele e que terminaria no meio deste ano.

O treinador do Real Madrid, Carlo Ancelotti, sorri em jogo do time contra o União Berlim pela Liga dos Campeões da Europa
O treinador do Real Madrid, Carlo Ancelotti, em jogo do time contra o União Berlim pela Liga dos Campeões da Europa - Annegret Hilse - 12.dez.2023/Reuters

Pois na semana passada a renovação aconteceu.

O clube da capital espanhola, que lidera o campeonato nacional, anunciou que o quatro vezes campeão da Champions League (duas à frente do Milan, duas com o Real) permanecerá no time até 2026.

"A verdade é que tive contato com a seleção brasileira, com aquele que era seu presidente, Ednaldo Rodrigues, a quem agradeço o carinho e o interesse por eu treinar o Brasil, o que me encheu de orgulho", afirmou Ancelotti em entrevista na véspera de Real Madrid x Mallorca, pelo Campeonato Espanhol.

"Mas tudo dependia da decisão do Real Madrid", prosseguiu ele. "Ednaldo deixou de ser presidente [foi afastado em decisão judicial] e no final aconteceu como eu sempre quis: ficar no Real Madrid. O clube decidiu [renovar] porque está feliz com meu trabalho."

"Não sei se o Brasil vai me querer em 2026 e não sei se estão satisfeitos com minha decisão", concluiu o italiano, indicando que concordaria em dirigir a seleção após o encerramento do novo vínculo com o Real.

Certamente a CBF não está satisfeita, já que Ancelotti era a aposta para que o Brasil possa reconquistar a Taça Fifa em 2026.

A seleção não ganha a Copa do Mundo desde 2002. Fracassou com Carlos Alberto Parreira em 2006, com Dunga em 2010, com Luiz Felipe Scolari em 2014 e com Tite, duas vezes (em 2018 e em 2022).

Com interinos (primeiro Ramon Menezes, depois Fernando Diniz), o Brasil teve um péssimo 2023 e está em sexto lugar (entre dez países) nas Eliminatórias para a Copa, que será daqui a dois anos em três sedes: EUA, Canadá e México.

Os seis primeiros da América do Sul se classificam direto para o Mundial e o sétimo colocado ainda tem chance por meio de uma repescagem.

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.