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Votação em Lisboa terá reforço para evitar fila gigante no 2º turno

Tempo de espera na cidade com mais eleitores no exterior chegou a 3 horas

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As eleições em Lisboa, cidade no exterior com maior número de eleitores brasileiros, foram marcadas por longas filas e tempo de espera que chegou a superar três horas. Para tentar evitar que o cenário se repita no segundo turno, o Consulado do Brasil na capital portuguesa, responsável por organizar o pleito, diz que "já está trabalhando" com possíveis alterações.

Devido ao grande fluxo de eleitores, as autoridades optaram por prorrogar o horário de votação em três horas no último domingo (2). A decisão foi tomada quando, a menos de 30 minutos do horário programado para o encerramento das urnas, ainda havia pelo menos 3.000 pessoas na fila.

"A estrutura para o segundo turno será reforçada, a partir da experiência do primeiro", diz o consulado, que informa que os detalhes devem ser anunciados "no decorrer das próximas semanas".

Brasileiros fazem fila para votar em Lisboa, maior colégio eleitoral no exterior; horário de votação teve de ser prorrogado devido à grande afluência - Pedro Nunes/Reuters

Para a entidade, o problema foi resultado da combinação entre o aumento expressivo do número de pessoas aptas a votar em Lisboa –crescimento de 113,6% em relação a 2018, chegando a 45.273 eleitores– e a queda na abstenção em comparação às eleições anteriores.

"A conjunção desses fatores resultou no comparecimento de 20.266 eleitores na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa no domingo passado. É um número recorde, quase o triplo do número de eleitores brasileiros que votaram em 2018", diz consulado.

A entidade afirma ainda que "o fenômeno das filas não foi exclusividade em Lisboa, tendo sido registrado em outras cidades no exterior e mesmo no Brasil".

Manuela Martins, que atuou como fiscal eleitoral, diz que houve ainda muitos brasileiros que se foram até o local para tentar votar, ainda que não estivessem previamente inscritos.

"Houve um contingente de pessoas que desconhecia a necessidade de ter feito a transferência do título de eleitor até 4 de maio para conseguir votar em Lisboa", afirma.

O desconhecimento obrigatoriedade de transferência prévia do domicílio eleitoral e a inexistência do voto em trânsito no exterior podem ter ajudado a aumentar a fila.

O resultado do primeiro turno na cidade favoreceu o candidato petista. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu vitorioso das urnas lisboetas, com 61,47% dos votos válidos, enquanto Jair Bolsonaro (PL) registrou 30,69%.

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