Números preliminares do INE (Instituto Nacional de Estatística) de Portugal indicam que o PIB (Produto Interno Bruto) do país cresceu 6,7% em 2022, sendo este o valor "mais elevado desde 1987".
O resultado está em linha com as previsões recentes do ministério das Finanças e de analistas do setor, mas superou as estimativas do FMI (Fundo Monetário Internacional), que projetavam um crescimento de 6,2%,
Em 2021, a economia lusa aumentou 5,5%, após ter passado por uma queda histórica de 8,3% em 2020, por conta dos efeitos da pandemia da Covid-19.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística, demandas internas e do exterior ajudaram a economia do país a ultrapassar o cenário internacional adverso. O instituto assinala ainda uma aceleração do consumo privado, mas com abrandamento de investimentos.
Foi registrada ainda uma "aceleração em volume das exportações de bens e serviços e uma desaceleração das importações".
O ministro das Finanças, Fernando Medina, comemorou publicamente o resultado.
"Significa que, na comparação internacional, nós fecharemos o ano de 2022 com uma taxa de crescimento que será sensivelmente o dobro do que se registra na zona euro. Colocará Portugal como um país que no final de 2022 já recuperou bem dos níveis pré-pandemia. Por isso, estamos 2,6% acima dos níveis da pandemia de 2019, o que não acontece com outros países", afirmou, e entrevista à agência Lusa.
Apesar do resultado, o país enfrenta também um cenário de alta de preços e de grave crise no mercado de habitação.
A inflação começou a desacelerar em novembro, mas Portugal encerrou 2022 com uma taxa de inflação média de 7,8%, o maior valor em 30 anos.
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