Renato Terra

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Descrição de chapéu

Sugestões para acabar com a transparência no Brasil

Bolsonaro já demonstrou conhecer a máxima de que 'a melhor forma de combater a corrupção é não investigar ninguém'

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Jair Bolsonaro é um homem religioso. Não à toa, demonstra ter uma fé inabalável naquilo que é oculto. Seu plano de governo, inclusive, permanece oculto.

O orçamento secreto permitiu que parlamentares pudessem enviar verbas milionárias para seus redutos eleitorais e para suas mãezinhas. Foram R$ 36,9 bilhões reservados em 2020 e 2021 para esse fim.

Os cem anos de sigilo em assuntos espinhosos se tornou sua marca registrada. Até sua carteira de vacinação está camuflada por aí.

Ilustração representando, sobre um fundo rosa, um cadeado verde composto por colunas nas quais se desenha uma fechadura
Ilustração publicada em 2 de junho - Débora Gonzales

A adoração pelo oculto foi tomando corpo institucional. Investigações são interrompidas sem razão explícita, delegados são trocados quando algum caso avança e o acesso a informações se tornou muito mais difícil.

Ciente de meu dever patriótico de contribuir com a nação, resolvi enviar sugestões para o presidente da República ampliar o governo secreto.

Agenda secreta:

Para que o presidente possa passar mais dias andando de moto, indo à praia e curtindo a vida adoidado, a agenda secreta pode ser de grande utilidade. Ninguém saberá onde está Jair. Se está trabalhando, se está em lazer ou se está em campanha.

Cancelar a concessão do Diário Oficial:

Tem coisa mais trabalhosa do que prestar contas públicas diariamente? Ninguém precisa saber as leis que foram sancionadas, as atividades dos ministérios, resoluções e alvarás. Manter o Diário Oficial oculto é fundamental para acabar com os questionamentos que só atrasam nosso Brasil.

Programa de Escamoteamento da Corrupção:

Bolsonaro já demonstrou conhecer a máxima: "A melhor forma de combater a corrupção é não investigar ninguém". O escamoteamento dos desvios, propinas em barra de ouro e rachadinhas são uma das iniciativas mais bem-sucedidas de seu governo. Mas isso não quer dizer que não há o que melhorar. Como varrer os escândalos para baixo do tapete se a imprensa, por exemplo, insiste em investigar os malfeitos?

Mansão na maciota:

Flávio Bolsonaro é um gênio do ramo imobiliário. Comprou imóveis que valorizaram absurdamente. Quase sempre pagando em dinheiro vivo. Comprou uma mansão de R$ 6 milhões e usou, com toda a transparência do mundo, a fortuna que ganha como advogado como parte do pagamento. Mas tem que dar justificativas o tempo todo. Chega! É hora de acabar com esses mecanismos de controle que obrigam o cidadão de bem a prestar contas o tempo todo.

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