Festival símbolo da música experimental e de sonoridades expandidas, considerado o mais relevante em seu nicho em toda a América do Sul, o Novas Frequências celebra o "Riso Ritual" e as múltiplas dimensões do Carnaval em sua 13ª edição. A programação que acontece do dia 2 até 22 de dezembro, reúne 45 artistas e contempla shows e performances em diferentes territórios da cidade do Rio de Janeiro.
Haverá seminário, laboratório imersivo com artistas em início de desenvolvimento de carreira e uma exposição de arte no centro cultural Futuros Arte & Tecnologia. Caio Rosa, Tiganá Santana, Levante Nacional Trovoa e um trio formado por Ana Lira, Nathalia Grilo e Alexandre Fenerich apresentam trabalhos inéditos.
No line-up, artistas como Badsista, Índio da Cuíca (em duo de improvisação com Rodrigo Maré), Spirito Santo, líder do lendário Grupo Vissungo, agora em uma nova formação mais "eletrificada" e cheia de marimbas, o Saravá-Metal do Gangrena Gasosa, uma "roda de sample" inspirada nas icônicas rodas de samba, Kuka de Realengo, uma das principais turmas de bate bola da Zona Oeste, e performances de Rafael Bqueer e Davi Pontes & Wallace Ferreira.
O artista visual e DJ Caio Rosa afirma que acredita que a música é a linguagem mais universal que temos na humanidade, e pensando nas culturas africanas em geral ela assume um papel central nas relações sociais diárias. "Entender essa importância é o caminho essencial para compreendermos melhor a cultura brasileira e nossa diversidade musical", diz Rosa. O trabalho "Visões do Luvemba" que estará no Oi Futuro, cria essa ponte direta entre a cultura carnavalesca dos Bate Bolas com as culturas ancestrais e modernas centro africanas, que se mantém viva entre nós e até hoje no continente".
Desde sua primeira edição em 2011, o Novas Frequências se configura como um festival internacional que promove a música experimental, a música de vanguarda e a arte sonora, buscando ressignificar a relação da arte com a cidade do Rio de Janeiro e o ecossistema cultural local. Ao longo dos anos, o festival ocupa casas de show de diversos tamanhos e propostas, salas de concerto, instituições de arte, espaços públicos e lugares inusitados –como igrejas, galpões, escolas, praias e cachoeiras.
Assim, o Novas Frequências propõe uma relação 360º com a música e experiências distintas daquilo que se imagina em um festival tradicional, promovendo performances, instalações, festas, projetos comissionados, site specifics, palestras, oficinas, cursos, residências artísticas e caminhadas sonoras.
Para Chico Dub, idealizador do festival, reitera que "uma das principais motivações por trás da escolha temática foi a de aproximar o universo das artes populares com as técnicas e procedimentos comuns à natureza da música exploratória. O objetivo é aproximar a música experimental da nossa realidade e parar de importar contextos do Norte Global".
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.