Cern aceita pedido de associação do Brasil
O Cern (Organização Europeia para Pesquisa Nuclear), o maior laboratório de física do mundo, anunciou na manhã de ontem que convidará o Brasil a se tornar membro associado do projeto.
Em carta à embaixadora Regina Dunlop, delegada do Brasil em Genebra, o diretor de pesquisa do Cern, Sérgio Bertolucci, diz que a proposta teve "aprovação unânime" no conselho executivo da entidade. O Cern deve submeter agora um "acordo modelo" ao Brasil e começar a negociar os termos da filiação.
A proposta inicial é que o Brasil pague 10% da anuidade normalmente cobrada a um membro pleno do Cern.
O valor é calculado de acordo com o PIB (produto interno bruto) de cada país e outras variáveis. Sob essa regra, a ordem de grandeza da contribuição anual brasileira seria de US$ 10 milhões.
Martial Trezzini/AP | ||
O acelerador de partículas LHC, o maior do mundo, construído pelo Cern na fronteira da Suíça com a França |
Após os termos do acordo serem definidos, o Brasil precisa submetê-lo ao Congresso Nacional, pois a verba precisa ter uma fonte definida. "Não sei quanto tempo isso vai demorar, nem como vai transcorrer", diz Sérgio Novais, da Unesp, um dos físicos que articulam o acordo.
Como membro associado, o Brasil teria assento no conselho do Cern, e empresas do país poderiam entrar em licitações para construir experimentos. Dono do maior colisor de partículas do mundo, o Cern é o descobridor do bóson de Higgs, a partícula que explica a origem da massa.
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