SpaceX lança missão que ajudará Nasa a preparar ida à Lua e a Marte

Foguete decolou nesta quinta dos EUA rumo à Estação Espacial Internacional

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Jim Watson Chris Lefkow
Cabo Canaveral | AFP

Um foguete da SpaceX com dois astronautas americanos, um cosmonauta russo e um astronauta saudita decolou nesta quinta-feira (2) rumo à Estação Espacial Internacional (ISS).

A decolagem aconteceu à 0h34 (2h34 de Brasília) do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, sudeste dos Estados Unidos.

"Parabéns às equipes da Nasa e da SpaceX por outra missão histórica à Estação Espacial Internacional!", afirmou o administrador da agência espacial americana, Bill Nelson, em um comunicado.

Decolagem do foguete da SpaceX com a cápsula Dragon Endeavour nesta quinta (2) em Cabo Canaveral, na Flórida - Jim Watson/AFP

"A Crew-6 estará muito ocupada na ISS, ao realizar 200 experimentos que nos ajudarão a nos prepararmos para missões à Lua, a Marte e além", acrescentou.

Inicialmente, o lançamento estava marcado para segunda (27), mas acabou cancelado por um problema nos sistemas em solo.

A Nasa explicou nesta quarta-feira (1º) que o problema afetava o fornecimento do líquido usado para ativar os motores e que tinha sido provocado por um "filtro obstruído", que foi substituído.

Passado o imprevisto, a agência afirmou no Twitter que o foguete com a Dragon Endeavour decolou nesta quinta-feira "iluminando o céu, enquanto a tripulação segue para a órbita".

A cápsula Dragon deve ser acoplada à ISS à 1h17 (3h17 de Brasília) de sexta-feira, após uma viagem de pouco mais de 24 horas. A equipe deve permanecer na estação por seis meses.

A tripulação multicultural é formada pelos americanos Stephen Bowen e Warren Hoburg, pelo russo Andrei Fediayev e pelo emiradense Sultan Al Neyadi.

Neyadi, 41, é o quarto astronauta de um país árabe da história e o primeiro de seu país que passará seis meses no espaço. Seu compatriota, Hazzaa Al Mansoori, realizou uma missão de oito dias em 2019.

A missão também inclui um cosmonauta russo, em um momento em que as tensões entre Washington e Moscou estão no ponto máximo, um ano depois da invasão russa da Ucrânia.

É o segundo russo a voar para a ISS em uma nave da SpaceX, embora os astronautas americanos viajem com frequência em naves russas Soyuz.

"Somos todos profissionais. Estamos concentrados na missão", declarou Bowen, um veterano com três missões espaciais. "Sempre tivemos uma relação fantástica com os cosmonautas quando estamos no espaço."

Já estava previsto, antes da ofensiva de Moscou, que os russos viajariam na SpaceX, e os americanos, na nave espacial russa Soyuz, um programa de intercâmbio que foi mantido. A ISS é um dos últimos campos de cooperação entre os dois países.

A Nasa contrata os serviços da empresa americana para o envio de seus astronautas aproximadamente a cada seis meses para a estação orbital.

Os astronautas fazem experiências científicas e asseguram a manutenção da estação, tripulada há mais de 22 anos.

A Crew-6 substituirá os quatro membros da Crew-5 (dois americanos, um russo e um japonês), que chegaram em outubro de 2022 e que vão voltar à Terra a bordo de sua própria nave SpaceX.

Também estão a bordo da ISS outros três tripulantes (dois russos e um americano), que chegaram em uma nave espacial Soyuz.

O foguete russo sofreu um vazamento em dezembro. A agência espacial russa, a Roscosmos, enviou uma nave de resgate, que se acoplou com sucesso à ISS no sábado (25).

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