Descrição de chapéu astronomia

Sonda Odysseus tem primeiras imagens em solo lunar divulgadas

Cofundador da Intuitive Machines diz que missão 'abre as portas para uma economia robusta'

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

A Intuitive Machines afirmou, nesta quarta-feira (28), que o feito de uma empresa privada alunissar dá início a uma economia robusta e próspera. A empresa também divulgou três fotos da Odysseus na descida e em momentos posteriores, com a nave já no solo da superfície.

"Nós mudamos a economia de um pouso na Lua", afirmou Steve Altemus, CEO e cofundador da Intuitive Machines, durante entrevista coletiva realizada em parceria com a Nasa. "Abrimos as portas para uma economia robusta e próspera no futuro."

Tanto Altemus quanto Joel Kearns, representante da área de exploração da agência espacial americana, destacaram que consideram a missão um sucesso.

Nave repousando e ligeiramente inclinada
Odysseus em solo lunar, posicionada em um ângulo de cerca de 30 graus, após problemas no pouso - Intuitive Machines

Sue Lederer, cientista do projeto CLPS (sigla, em inglês, para serviços comerciais de carga lunar) da Nasa, afirmou que, durante o trajeto até o satélite, a agência conseguiu operar normalmente todas as cargas presentes no Odysseus. Na alunissagem e depois dela, também foi possível obter dados das cargas presentes na sonda.

Altemus afirmou que o módulo, por enquanto, continua produzindo energia a partir da luz solar, mas já se projeta o momento em que isso deixará de acontecer. A partir daí, a empresa colocará a sonda para "dormir".

A ideia, depois disso, é tentar reanimá-la —algo semelhante ao que aconteceu com o recente pouso japonês— assim que os painéis solares voltarem a ser iluminados, segundo Altemus, em duas ou três semanas.

Há o risco, porém, de não ser possível acordar o módulo após a extremamente fria noite lunar. Segundo Tim Crain, CTO (diretor de tecnologia) e cofundador da Intuitive Machines, o problema central é saber se as baterias conseguirão sobreviver ao nível de frio ao qual estarão expostas —e para o qual não foram testadas— para receber a energia proveniente dos painéis solares.

"É um aspecto químico [das baterias]. Essa química não responde bem ao frio profundo", afirmou Crain.

O cofundador da empresa destacou que, apesar de ser considerado um pouso privado, houve a participação da Nasa, de diversas agências governamentais e de outras nações, como Austrália, Reino Unido, Japão, África do Sul, Índia.

Na última quinta (22), Odysseus se tornou a primeira sonda comercial a pousar na Lua, marcando o retorno dos Estados Unidos ao satélite natural da Terra após 51 anos.

A sonda, de mais de quatro metros de altura, porém, teve um problema no pouso. Ela deveria acabar em uma posição vertical em solo lunar, porém acabou tombando de lado.

Os representantes da Intuitive Machines afirmaram que, ao todo, a missão passou por 11 momentos críticos, que tiveram que ser superados para a realização do pouso.

Inicialmente, as operações da sonda no solo lunar deveriam durar cerca de sete dias. Porém, nesta terça (27), a empresa afirmou que baterias, alimentadas por energia solar, poderiam durar por mais 10 ou 20 horas, acrescentando que ainda estavam tentando determinar o momento exato em que se esgotariam.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.